Estão a criar uma vacina contra a covid em modo comprimido
De Israel já se sabia que se está a desenvolver um spray nasal, EXO-CD24, para tratamento em casos graves de covid-19, e que levou o presidente do Brasil Jair Bolsonaro a enviar uma delegação para que sejam realizados testes em voluntários brasileiros. Agora é a vez de outra empresa daquele país do Médio Oriente (que lidera na taxa de vacinação da população) anunciar que está a desenvolver uma vacina oral.
A Oramed, empresa que inovou ao apresentar no mercado um comprimido para o tratamento da diabetes tipo 2, aliou-se à indiana Premas Biotech e o resultado é a Oravax, que junta a tecnologia de administração oral de uns e a das vacinas de outros.
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A possível vacina Oravax cria tripla proteção contra os alvos do vírus SARS CoV-2 (espigão, membrana, e envelope) em oposição à proteína de espigão único visada através das vacinas Moderna e Pfizer. Como tal, "esta vacina deverá ser muito mais resistente às variantes da covid-19", afirmou Nadav Kidron, administrador da Oramed, ao Jerusalem Post.
Diz a Premas Biotech que a candidata a vacina é também "segura, eficaz e bem tolerada em doses normais a elevadas, e gerou níveis elevados de anticorpos neutralizantes", além de poder ser fabricado em grandes escalas.
Além disso, é uma vacina baseada em levedura, tornando o tempo e o custo de produção muito mais baratos do que os seus concorrentes.
"Uma vacina oral contra a covid-19 eliminaria várias barreiras a uma distribuição rápida e em larga escala, permitindo potencialmente que as pessoas tomassem por si próprias a vacina em casa", disse Nadav Kidron.
"Embora a facilidade de administração seja hoje crucial para acelerar as taxas de inoculação, uma vacina oral poderá tornar-se ainda mais valiosa no caso de uma vacina contra a covid-19 poder ser recomendada anualmente como a vacina padrão contra a gripe", afirmou.
O início de um estudo clínico da Oravax está previsto para o segundo trimestre.
Segundo Kidron, a empresa está a negociar ensaios em vários países, incluindo na Europa, Estados Unidos, Israel e México.
O administrador da Oramed espera que os dados da Fase I dos ensaios em humanos estejam disponíveis no prazo de três meses.