Uma música por dia: Chaga, dos Ornatos Violeta

Faz hoje 24 anos que se realizou a última edição do concurso <em>Rock Rendez Vous</em>. Os Ornatos Violeta venceram o prémio de originalidade de 1994.
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Letra do hino: "Foi como entrar, foi como arder, para ti nem foi viver, foi mudar o mundo sem pensar em mim." Isto é Chaga, a música mais a abrir do álbum mais reputado dos Ornatos Violeta, O Monstro Precisa de Amigos, de 1999. Nem sequer era a aposta principal - os singles que saíram na altura foram os muito mais melódicos Ouvir Dizer e Capitão Romance. Mas Chaga é bem capaz de ser o paralelo português de Last Nite, dos Strokes, que surgiu dois anos depois. Anúncios do rock mais alternativo e duro que acabaria por dominar toda a década seguinte.

Faz hoje 24 anos que a banda portuense venceu o concurso de originalidade do Rock Rendez Vous. Agosto de 1994 ficou marcado pela sétima e última edição de uma das mais emblemáticas competições da música moderna portuguesa - e que lançou nomes como os Mler Ife Dada, os Pop Dell'Arte, os Sitiados os Mão Morta. Para os Ornatos, foi a rampa de lançamento que lhes permitiria editar dois discos - Cão!, em 1997, e O Monstro Precisa de Amigos, em 1999.

O grupo de Manuel Cruz separou-se em 2002, mas regressou aos palcos em 2012 para uma série de concertos nos coliseus e em Paredes de Coura. Nessa altura, deram uma entrevista à Notícias Magazine - então a revista de domingo do DN e do JN, que comemorava 20 anos nas bancas com uma edição toda feita por estudantes universitários. E foi aí que esclareceram um dos maiores mistérios do mundo: quem era afinal o "Abel da Nazaré, o maior frique do mundo" a quem a banda tinha feito um agradecimento especial no lançamento do primeiro disco. Manuel Cruz desfez a dúvida: "É um gajo que enrolava charros só com uma mão."

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