Uma música por dia: "Babies", dos Pulp

Nasceu há 26 anos a música que nos ensinou a dançar
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Vejam lá como dança Jarvis Cocker. Vejam lá aquelas ancas desengonçadas. São dele e dele apenas, e no entanto quisemos todos imitá-lo há 26 anos, quando os Pulp lançaram o primeiro dos seus grandes sucessos. Em agosto de 1992, a banda acabou de gravar Babies e os rapazes de Sheffield, que andavam desde 1978 a cumprir o circuito de bares e pequenos festivais, saltaram para o centro do mundo. Haveriam de tê-lo a seus pés em 1995, quando o álbum Different Class ofereceu ao planeta duas melodias extraordinárias - Common People e Disco 2000 . Mas Babies é o início da conversa. Babies ensinou uma geração inteira a dançar.

Foram os anos do britpop, que tiveram nos Pulp um dos seus Big Four - os outros foram os Blur, os Oasis e os Suede. A história da música há de recordá-los como a reação de sapatos polidos ao grunge, como qualquer coisa que misturava o pop alternativo ao punk e ao glam rock. Mas há uma geração inteira - a que agora tem quarenta anos - para quem o britpop foi durante anos o centro das pistas de dança. De preferência, a dançar assim.

É uma canção e é uma história. É um grito de revolta adolescente de um miúdo que gosta de uma miúda, e quer levá-la para casa, e fazer-lhe filhos. Mas que, em vez de se enrolar com o objeto do seu desejo, fica com a irmã mais nova - só porque é parecida com ela. Tantas hormonas aqui. Mas, bom, os Pulp ainda eram uns bebés. E nós também.

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