Um projecto criticado que foi um sucesso desportivo

Pela primeira vez Portugal organizou uma competição de futebol sénior, um projecto de grande envergadura, visto como a sequência natural do Mundial de juniores 1991 e até da Expo 1998.
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Um quarteto formado por Miranda Calha, José Sócrates, Carlos Cruz e Gilberto Madaíl conseguiu derrotar a concorrência espanhola e dar forma a um projecto bastante criticado pelos milhões envolvidos –a na construção e remodelação de estádios, alguns deles, nos dias de hoje, sem a utilidade pretendida -, mas que, contudo, foi um exemplo para as competições futuras em termos de organização e segurança. Em termos desportivos, a prova começou como acabou, ou seja, com Portugal a ser derrotado pela Grécia. Durante um mês os portugueses viveram com paixão a sua selecção. Foi o mês da febre das bandeiras nas janelas, do delírio no percurso entre a Academia de Alcochete e os estádios onde Portugal jogava. O sonho morreu na cabeça do grego Charisteas, porém, a verdade é insofismável; o segundo lugar foi o melhor resultado de sempre de uma selecção portuguesa numa competição de futebol sénior, posição atingida em grande parte devido ao discurso moralizador de Luiz Felipe Scolari. A desilusão da final nunca será esquecida, mas o mês de alegria e de esquecimento das dificuldades do quotidiano... também não. Esta foi também a primeira prova onde o Mundo ouviu falar de um tal de Cristiano Ronaldo.

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