Um filme "devastador" sobre abusos sexuais de Michael Jackson
A polémica já está instalada, mas o filme só deve estrear em março. Mesmo ameaçadas por ações legais, a HBO e o Canal 4 mantêm o plano de lançar Leaving Neverland. O filme, de duas partes e quatro horas que estreou no festival de Sundance em janeiro, baseia-se em duas histórias concretas.
James Safechuck e Wade Robson alegam que Jackson abusou sexualmente deles, quando crianças. "Ele disse-me que se descobrissem o que estávamos a fazer, ele e eu iríamos para a prisão", explica Robson no trailer.
Em Sundance, o filme teve impacto. Owen Gleiberman, da Variety, chamou-lhe "devastador" e Daniel Fienberg, do Hollywood Reporter, elogiou-o como "complicado e comovente".
"Este não é um filme sobre Michael Jackson", explicou o realizador Dan Reed à Variety. "Este não é um filme sobre Michael Jackson abusador de crianças. É um filme sobre duas famílias e como essas famílias aceitaram o que os seus filhos revelaram, muitos anos depois da morte de Jackson. "
Os herdeiros de Jackson já criticaram o filme, numa carta de dez páginas dirigida ao CEO da HBO. Aí, não só negam as alegações como acusam o realizador Dan Reed de não ter contactado a família de Jackson ou a sua equipa jurídica.