Um desgosto de amor só se cura com o Mundial

Quando um homem é tão "estúpido" ao ponto de deixar escapar uma rapariga "espetacular", o remédio é enterrar as mágoas numa multidão e jurar lealdade à Inglaterra na vitória ou na derrota
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Quando uma rapariga, ao fim de quatro anos, leva uma tampa do namorado só lhe resta uma opção: ficar encafuada no quarto para o resto da vida e esperar que ninguém bata à porta para tentar arrancar as mágoas e as tristezas do íntimo dela. Robyn Harvey até deixou Lottie Smith em paz durante algumas semanas. Mas tudo tem um limite e está na hora de voltar sair do quarto, da casa e até de Grimsby, uma cidadezinha, na região de North East Lincolnshire em Inglaterra. "Somos amigas desde crianças e estamos em Lisboa para curar o desgosto de amor dela", conta, entre risos, Robyn, abraçando Lottie.

Lisboa é a cidade perfeita para esquecer alguém tão "estúpido" que é incapaz de ver que deixou escapar a rapariga mais "espetacular" de Inglaterra e arredores. Haverá outros muito menos "estúpidos", mas, por enquanto, não é desses que elas duas andam à procura. "Tirámos férias para viajar e para fugir de todos os homens, sejam eles ingleses, portugueses ou croatas", esclarece a namorada enjeitada.

"Somos só nós as duas numa cidade que, até agora, apenas conhecíamos das revistas e da internet", conta a melhor amiga de Lottie. Foi quase como fechar os olhos e apontar para um lugar ao calhas no mapa da Europa. "As coisas correm sempre melhor quando não são muito planeadas." Mas a verdade é que até está tudo a correr como o planeado e, ao fim de uma semana, Lottie já quase não se lembra que um dia esteve embeiçada por um "estúpido".

E nem foi preciso muito esforço para esquecer o tal "estúpido" - nunca é demais repetir. Bastaram algumas manhãs na praia, noites nos bares junto ao rio e tardes a ver o Mundial no Terreiro do Paço. "A nossa seleção é a melhor terapia", conclui Lottie.

O futebol cura tudo, desde ressacas de vinho e cerveja até desgostos de amor: "Se aqui estivesse o nosso príncipe Harry [Kane], lá se ia o nosso voto de castidade", confidencia Robyn, acotovelando a amiga. Era, se calhar, o único capaz de restaurar a esperança na raça masculina, mas teria de ser homem suficiente para, mesmo depois da derrota, conseguir dar conta das duas raparigas mais espetaculares deste Mundial e redondezas.

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