UE quer que Rússia suspenda já ataques aéreos na Síria

Líderes da diplomacia dos 28 decidiram apoiar plano de Bruxelas para a migração.
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A União Europeia instou ontem a Rússia a "cessar imediatamente" os ataques da sua aviação à oposição moderada na Síria e a coordenar os ataques ao Estado Islâmico (EI) com a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos. Moscovo iniciou a 30 de setembro uma campanha de bombardeamentos intensivos na Síria, garantindo que a sua prioridade é combater os jihadistas, mas a maioria dos seus ataques tem atingido a oposição, apoiando assim o regime de Bashar al-Assad, do qual Vladimir Putin é um defensor. Já Bruxelas garante que "não pode existir ali uma paz duradoura com os atuais dirigentes".

"Os recentes ataques militares da Rússia que vão além do Daesh [acrónimo usado por alguns países para se referirem ao EI] e de outros grupos terroristas designados pela ONU, e contra a oposição moderada, estão a suscitar grande preocupação e devem cessar imediatamente", sublinhou o conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 países da União Europeia após um encontro realizado ontem no Luxemburgo. E sublinharam que "as ações contra o Daesh têm de estar estreitamente coordenadas entre todos os parceiros" e que têm de ser "claramente" direcionadas contra os grupos terroristas.

À entrada para este encontro, a chefe da diplomacia europeia já havia afirmado que a intervenção militar da Rússia na Síria "alterou as regras do jogo no conflito" e que estas mudanças tinham "aspetos muito preocupantes". "É preciso uma maior coordenação, caso contrário poderá tornar-se extremamente perigoso não só do ponto de vista político, mas também militar", disse Federica Mogherini.

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