A zona euro determinou que a nova ajuda financeira à Grécia está condicionada a várias medidas, como a adoção pelo Parlamento grego do novo plano de austeridade, aprovado como princípio na quinta-feira, anunciou o presidente do Eurogrupo.."Apesar dos progressos importantes alcançados nos últimos dias, não tivemos todos os elementos necessários em cima da mesa para tomar decisões", afirmou Jean-Claude Juncker, citado pelas agências internacionais, à margem de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro que terminou quinta-feira à noite em Bruxelas..Os ministros consideraram, assim, que faltam elementos para que o Governo de Lucas Papademos receba o novo apoio de 130 mil milhões de euros; e apelaram a este para encontrar "rapidamente" uma maneira de cortar os gastos em 325 milhões de euros este ano, para cumprir o objetivo do défice..Está previsto que os ministros dos países do euro se voltem a reunir na próxima quarta-feira, dia 15, para aprovar a ajuda à Grécia, desde que sejam observadas as condições impostas..Jean-Claude Juncker apontou três condições. Em primeiro lugar, o Parlamento grego tem de aprovar domingo o plano de austeridade sobre o qual os partidos políticos gregos e os representantes dos credores públicos da Grécia chegaram a um acordo de princípio quinta-feira..Além disso, vão ter de ser encontradas pelo Governo de Atenas "poupanças suplementares no valor de 325 milhões de euros" no Orçamento de 2012, e isto tem de acontecer "até quarta-feira", referiu Juncker. Finalmente, a zona euro exige que os partidos da coligação no poder em Atenas mostrem "fortes garantias públicas" do seu apoio ao plano de austeridade..O presidente do Eurogrupo reconheceu que as discussões foram "acesas" na reunião dos ministros da zona euro, sem, no entanto, avançar detalhes..A Grécia está a negociar dois planos em paralelo. Por um lado, espera um novo programa de empréstimos europeus de 130 mil milhões de euros; por outro, pretende obter dos credores bancários uma redução da sua dívida de 100 mil milhões de euros..Estes planos de apoio são essenciais para a Grécia evitar uma situação de incumprimento até 20 de março, data em que Atenas tem de reembolsar empréstimos correntes muito importantes..O comissário dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, afirmou que "ainda há tempo", mas este "começa a faltar" para se chegar a um acordo global que permita à Grécia superar o atual impasse.