UE condena detenções de intelectuais e pacifistas

A União Europeia (UE) condenou hoje a detenção de intelectuais e pacifistas chineses, e exigiu a sua libertação e respeito pelos direitos humanos na China, acrescentando que está disposta a colaborar com Pequim.
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"Estamos profundamente preocupados com as recentes prisões e detenções de um grande número de defensores dos direitos humanos, advogados e intelectuais", lê-se num comunicado do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), liderado por Catherine Ashton.

Entre os detidos estão o advogado Pu Zhijiang, o professor da Universidade de Pequim Hu Shigen, o investigador de ciências sociais Xu Youyu, o escritor Liu Di e o professor da academia de cinema de Pequim Hao Jian.

A UE apelou às autoridades chinesas para que respeitem a declaração universal dos direitos humanos, assim como as liberdades de consciência, expressão e associação consagradas na Constituição da República Popular da China, e exigiu que liberte todos os que foram presos por expressarem pacificamente os seus pontos de vista.

No comunicado, os 28 Estados-membros da UE reconhecem que houve melhorias no bem-estar económico e social do povo chinês nos últimos 25 anos, mas esperam ver maior abertura para a discussão da História recente chinesa, para que advogados, defensores dos direitos humanos e jornalistas possam desempenhar o seu trabalho sem interferências.

"Apelamos às autoridades chinesas para que, quando necessário, os presos tenham acesso rápido a cuidados médicos independentes e adequados, com o fim de evitar a repetição de mortes na prisão", lê-se no comunicado do SEAE, que acrescenta que "a UE está disposta a cooperar com a China para a libertação de presos por razões humanitárias".

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