Ucrânia vai voltar a investigar empresa em que trabalhou filho de Joe Biden

A procuradoria ucraniana anunciou sexta-feira, à tarde, que está a reexaminar os casos que implicam o grupo de gás Burisma, no qual o filho do ex-vice-Presidente norte-americano Joe Biden trabalhou entre 2014 e 2019.
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"Estamos a fazer uma auditoria aos casos (...) em que Mykola Zlochevsky (ex-líder do Burisma), Sergei Kourtchenko (empresário ucraniano) e outras pessoas podem estar envolvidos", disse o procurador-geral Rouslan Riabochapka aos jornalistas.

Segundo o procurador-geral, esses casos anteriormente investigado, mas arquivados pela justiça, são "cerca de 15", mas não parecem estar relacionados com o filho de Joe Biden, Hunter, que entrou em 2014 no conselho do Burisma.

"Pelo que vemos, trata-se mais das atividades de Zlochevsky e Kourtchenko do que da Burisma e de Biden", disse.

"O trabalho continua e apresentaremos os resultados posteriormente", declarou.

O objetivo da revisão é determinar se esses casos foram arquivados de forma legal, disse o procurador-geral, assegurando que a decisão de reexaminar os casos não foi tomada devido a qualquer pressão política.

"Nenhum político estrangeiro ou ucraniano me telefonou ou tentou influenciar as minhas decisões", insistiu Riabochapka.

Os democratas americanos desencadearam uma investigação após estas acusações contra o bilionário republicano, tendo em vista um processo de destituição ('impeachment') de Trump.

Advogado e investidor, Hunter Biden atuou de 2014 a 2019 no conselho de supervisão da produtora de gás ucraniana Burisma, cofundada pelo oligarca pró-russo Mykola Zlochevsky.

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