Ucrânia: UE renova sanções económicas à Rússia até julho
O Conselho da União Europeia (UE) decidiu esta quinta-feira renovar as sanções económicas à Rússia por seis meses, até final de julho, em altura de tensão na fronteira ucraniana devido à concentração de forças russas, condenada pela diplomacia comunitária.
"O Conselho decidiu esta quinta-feira prolongar por seis meses as medidas restritivas atualmente destinadas a setores económicos específicos da Federação Russa, até 31 de julho de 2022", informa em comunicado à imprensa a estrutura na qual estão reunidos os Estados-membros.
No dia em que os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE discutem a tensão na fronteira leste, numa reunião informal em França, o Conselho da UE informa que "a decisão segue-se à última avaliação do estado de implementação dos acordos de Minsk".
O organismo explica que "as sanções em vigor, introduzidas pela primeira vez em 31 de julho de 2014 em resposta às ações da Rússia que desestabilizam a situação na Ucrânia, limitam o acesso aos mercados de capitais primários e secundários da UE a certos bancos e empresas russas e proíbem formas de assistência financeira e corretagem em relação às instituições financeiras russas".
De acordo com o Conselho da UE, estas sanções "proíbem também a importação, exportação ou transferência direta ou indireta de todo o material relacionado com a defesa e estabelecem uma proibição para bens de dupla utilização para uso militar ou utilizadores finais militares na Rússia".
Os chefes da diplomacia da UE reúnem-se também esta quinta-feira com os ministros da Defesa da União. À margem do encontro, o ministro da Defesa português congratulou-se com a "recusa absoluta" por parte de todos os Estados-membros da UE da tentativa "muito clara" da Rússia de dividir o bloco europeu no contexto do conflito com a Ucrânia.