Ucrânia aprova estado de emergência. Rússia está preparada para invadir, dizem EUA

O estado de emergência entra em vigor na Ucrânia esta quinta-feira e irá durar, pelo menos, 30 dias.
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O parlamento ucraniano aprovou, esta quarta-feira, o estado de emergência, que entra em vigor amanhã e deverá durar, pelo menos, 30 dias. A medida surge numa altura em que aumentam os receios de uma invasão russa.

O estado de emergência foi aprovado no dia em que a Rússia começou a retirar os seus diplomatas da embaixada de Kiev enquanto a Ucrânia anunciou a mobilização de militares na reserva.

Nos termos desta decisão, as autoridades poderão "reforçar a proteção" da ordem pública e das infraestruturas estratégicas, "limitar a circulação dos transportes" e reforçar as verificações de veículos e documentos dos cidadãos, especificou, anteriormente, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, Oleksiï Danilov

São "medidas preventivas para manter a calma no país, para que a economia continue a funcionar", acrescentou o responsável, assegurando, no entanto, que tais medidas "não terão um impacto radical na vida quotidiana" dos ucranianos.

"Estamos prontos para tudo", garantiu Danilov.

A Ucrânia já tinha anunciado esta quarta-feira a mobilização de militares na reserva, dos 18 aos 60 anos, e apelado aos seus cidadãos para saírem da Rússia, país que Kiev e o Ocidente acusam de estar a preparar uma ofensiva em grande escala em direção ao território ucraniano.

"Temos de reagir aos acontecimentos dos últimos dois ou três dias na Rússia", defendeu Danilov.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está "tão preparado quanto é possível estar" para uma invasão em larga escala da Ucrânia, com "cerca de 100%" das forças militares necessárias já em posição, estimou esta quarta-feira um alto funcionário da administração norte-americana.

Putin "dispõe de quase 100% do conjunto de forças que tínhamos calculado que ele poderia mobilizar" para invadir a Ucrânia, assinalou um responsável do Departamento de Defesa dos EUA sob condição de anonimato, refere a a agência de notícias AFP.

Segundo a mesma fonte, 80% dos mais de 150 000 soldados russos presentes junto das fronteiras ucranianas estão organizados em formação de ataque.

O presidente russo está "tão preparado quanto é possível estar", advertiu o funcionário, acrescentando que a decisão "de avançar ou não está nas mãos de Putin". "Eles podem começar a qualquer momento", assinalou.

Com Lusa e AFP

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