Ucrânia anuncia libertação de médica que filmou horrores de Mariupol

Médica esteve em Mariupol, filmou os acontecimentos na cidade e foi detida por forças russas. Libertação foi anunciada por Zelensky e a própria agradeceu num vídeo publicado no Twitter.
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A Ucrânia anunciou a libertação de uma célebre médica cujas filmagens foram contrabandeadas para fora da cidade de Mariupol por uma equipa de jornalistas em meados de março.

Num discurso em vídeo, gravado no sábado, em que agradece a Zelensky pela libertação, Yuliia Paievska afirmou ter acreditado "sempre" e considerou: "Todos os que agora estão do nosso lado sabem que tudo se vai resolver."

Usando uma câmara corporal escondida, Paievska gravou mais de 200 gigabytes dos esforços dramáticos da sua equipa durante duas semanas para salvar civis feridos, bem como soldados russos e ucranianos. A 15 de março, entregou as filmagens a uma equipa da Associated Press, os últimos jornalistas internacionais em Mariupol, uma das quais as escondeu num tampão menstrual.

Paievska foi detida no dia seguinte, por soldados russos, e passou mais de três meses em cativeiro, sendo libertada no sábado. Durante a sua alocução ao país, na sexta-feira, Zelensky anunciou a libertação de Paievska. "Estou grato a todos os que trabalharam para isto. Taira [como é conhecida] já está em casa. Continuaremos a trabalhar para libertar toda a gente.

A libertação de Paievska foi saudada em toda a Ucrânia devido à sua longa reputação como médica veterana que treinou a força médica voluntária do país.

A Rússia procurou retratar Paievska como uma nacionalista de extrema-direita a trabalhar para o regimento Azov, que liderou a defesa da fábrica. Alguns meios de comunicação pró-Kremlin afirmaram, sem apresentarem quaisquer provas, que Paievska participou no assassinato de civis em Mariupol.

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