A Ucrânia disse esta segunda-feira ter bombardeado uma base do Grupo Wagner, unidades paramilitares e de mercenários que foram criadas em 2014 para apoiar os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia e têm combatido em vários cenários de guerra. Kiev alega ainda ter destruído uma ponte próximo da cidade de Melitopol, enquanto o presidente Vladimir Putin promove as armas russas aos seus aliados, dizendo que foram "testadas em combate real"..Segundo o governador de Lugansk, Sergiy Gaiday, a base em Propasna foi "destruída com um ataque de precisão" no domingo. "O número de mortos está a ser averiguado", indicou no Telegram. Pouco se sabe do Grupo Wagner, mas suspeita-se que esteja ligado ao oligarca russo Evgueni Prigoyin, considerado um aliado de Putin. Os seus combatentes têm defendido os interesses russos e dos aliados na Síria, Líbia, Mali e noutros países africanos, sendo acusados de várias atrocidades..Além da base, as autoridades ucranianas alegam ter dado outro golpe ao invasor, com a explosão de uma ponte de caminhos-de-ferro em Melitopol, ocupada pelos russos. Segundo o presidente da câmara local, Ivan Fyodorov, o ataque deixa a zona sem acesso aos comboios militares vindos da Crimeia - nas mãos dos russos desde 2014 e uma importante fonte de abastecimento para aqueles que estão na frente de combate no sul..Por seu lado, os ataques russos continuam a causar baixas. Pelo menos três civis morreram e 13 ficaram feridos em disparos de artilharia na região de Donetsk, enquanto quatro pessoas ficaram feridas em Kharkiv, duas delas com gravidade..O líder russo esteve esta segunda-feira a promover as suas armas. "Estamos preparados para oferecer aos aliados e parceiros os mais modernos tipos de armas, de pequenas armas a veículos blindados e artilharia, aviões de combate ou drones", disse na abertura de um Fórum Militar, em Moscovo..O presidente disse que as armas russas são valorizadas pela sua "confiabilidade, qualidade e, mais importante, alta eficiência". E lembrou que "quase todas foram usadas em operações de combate real mais do que uma vez". Numa altura em que Moscovo é alvo das sanções ocidentais, Putin afirmou que a Rússia tem "muitos aliados" e destacou em particular "os laços historicamente fortes, amigáveis e de confiança com os países da América Latina, Ásia e África". .Entretanto, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, discutiu com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a situação na central nuclear de Zaporíjia - ocupada pelos russos desde março. Moscovo e Kiev acusam-se mutuamente de uma série de ataques em redor da central, a maioria da Europa,