Impostos. Trump teve de pagar milhões devido a lei que quer revogar

Chama-se Taxa Mínima Alternativa (em inglês, A<em>lternative</em><em> Minimum Tax</em>, AMT) e é a norma que Donald Trump promete há muito extinguir.
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Foi por imposição dessa norma que o agora Presidente dos EUA teve de pagar cerca de 82% dos 38 milhões de dólares que desembolsou de IRS, relativos a 150 milhões declarados como rendimentos em 2005.

estudos que revelam que, dez anos depois, a AMT gerava 28 mil milhões de dólares de receita, abrangendo 4,1 milhões de contribuintes. A norma foi criada justamente para obrigar as classes altas a um justo esforço fiscal.

Em Portugal é de certa forma comparável às taxas de solidariedade que se somam à taxa máxima do IRS (48%): 2,5% para os rendimentos entre 80 mil e 250 mil euros anuais e 5% para os rendimentos superiores a 250 mil euros.

Donald Trump prometeu reiteradamente durante a campanha simplificar os escalões do IRS (passá-los de sete para quatro) e acabar com a AMT. Ao mesmo tempo, recusou sempre divulgar o seu processo fiscal, ao contrário do que fez Hillary Clinton e do que é tradição nos EUA.

A Casa Branca revelou na terça-feira a folha fiscal do Presidente dos EUA relativa a 2005 depois da jornalista Rachel Maddow, do canal de televisão MSNBC, ter dito que tinha obtido parte dessa declaração, preparando-se para a divulgar.

"Sabes que estás desesperado por audiências quando estás disposto a violar a lei e avançar com uma história sobre duas páginas de declaração de impostos de há mais de uma década", disse a Casa Branca, num comunicado.

A divulgação não autorizada de uma declaração de impostos federal é crime, mas Maddow argumentou que a MSNBC estava a fazer valer o seu direito, ao abrigo da Primeira Emenda, de publicar informação em nome do interesse público.

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