Trump despede mais um: agora é o diretor dos Serviços Secretos
"Os oficiais dos serviços secretos foram apanhados de surpresa e souberam pela CNN", diz o canal. E cita um membro da administração: "Há uma purga quase sistemática a acontecer na segunda maior agência de segurança americana."
De acordo com uma fonte próxima de Alles, que foi nomeado em abril de 2017 por Trump, este terá sido avisado há duas semanas e a sua saída não terá a ver com o episódio da mulher chinesa que conseguiu, em março, infiltrar-se ilegalmente na propriedade de Trump em Mar-a-Lago; estará antes relacionada com a demissão da secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, que foi conhecida no domingo. Alles reportava diretamente a Nielsen.
A seguir a Alles, de 65 anos, major-general dos fuzileiros que participou na invasão do Iraque, deverão cair outros responsáveis de segurança interna, diz a CNN com base em fontes da administração. O diretor do United States Citizenship and Immigration Services (o similar ao nosso serviço de Estrangeiros e Fronteiras), Francis Cissna, deverá seguir-se, naquilo que será uma "decapitação" completa do serviço de fronteiras.
A limpeza tinha sido já anunciada pela CNN esta segunda-feira como resultado da entrega da direção da política de fronteiras a Stephen Miller. Miller, 33 anos, é conselheiro político de Trump desde o início. Descrito como "ativista de extrema direita", terá sido o arquiteto da ordem de proibição de entrada de cidadãos de uma série de países (muçulmanos, sobretudo) nos EUA, da imposição de restrições severas à aceitação de refugiados e da separação de famílias.
Miller, ele próprio descendente de refugiados judeus, terá tido um papel relevante noutra demissão -- a do diretor do FBI James Comey, em maio de 2017, motivo pelo qual foi inquirido pelo procurador especial Robert Mueller na sua investigação sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas.