Trump critica primeiro mês de Biden e pisca o olho a 2024

O ex-presidente continua a alimentar falsidades ao dizer que poderá vencer "por uma terceira vez" as eleições presidenciais.
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O ex-presidente dos EUA subiu ao palco da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em Orlando, Florida, para reclamar para si o papel de líder do Partido Republicano, ao posicionar-se como elemento central nas eleições intercalares de 2022 e ao deixar no ar a hipótese de se candidatar em 2024.

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Donald Trump começou por atacar as políticas de Biden sobre a migração e sem provas alegou que as mudanças políticas de Biden estão a desencadear uma nova crise na fronteira sul, enquanto Biden estava a inverter as conquistas da sua administração. "Não são só ilegais, mas imorais e insensíveis e uma traição aos valores em que se fundam a nossa nação", disse, afirmando que a entrada de "milhares e milhares de migrantes por dia" vai agravar a pandemia, além de permitir, alega, o enriquecimento de traficantes de crianças e de grupos criminosos que diz já ter derrotado seu mandato.

"Joe Biden desencadeou uma corrente de imigração ilegal" e agora "há dezenas e dezenas de milhares de pessoas que vêm para se aproveitarem", chamando-as de "predadores".

Trump disse que Biden concluiu "o mais desastroso primeiro mês" de qualquer presidente moderno e no seu discurso característico em que divaga sobre os mais diversos temas afirmou que o green new deal é "ridículo".

O ex-presidente repetiu as mentiras sobre as eleições de novembro, que Joe Biden ganhou com 306 votos para os 232 votos de Trump no Colégio Eleitoral e mais de sete milhões de votos. "Na verdade, sabem que perderam a Casa Branca", disse Trump sobre os democratas, mais uma vez promovendo a falsidade de que foi negado um segundo mandato por causa de fraude eleitoral.

E deixou no ar uma possível candidatura em 2024. "Quem sabe, quem sabe? Posso até decidir vencê-los pela terceira vez, OK?", disse o ex-presidente que só venceu uma eleição, nas suas primeiras observações públicas desde que deixou a Casa Branca.

Banido do Twitter e de outras redes sociais, Trump tem estado longe dos holofotes, na sua estância Mar-a-Lago, na Florida, desde que deixou a Casa Branca a 20 de janeiro.

"Está longe de ter terminado", disse Trump sobre a "incrível jornada" que diz ter iniciado com os seus apoiantes há quatro anos. "Sairemos vitoriosos e a América será mais forte e maior do que nunca", afirmou no evento da CPAC, onde repetidamente criticou os meios de comunicação.

Trump também pôs de lado os rumores de que poderia tomar a sua base de apoio para criar um novo partido político. "Eu não vou fundar um partido", disse. "Temos o Partido Republicano. Vai unir-se e ser mais forte do que nunca", declarou.

No final de mais de uma hora e meia, Trump pediu aos seus fiéis para contribuírem com dinheiro no seu site para ajudar "grandes pessoas" para lutarem contra as grandes empresas tecnológicas e o establishment nas próximas eleições.

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