Três soldados franceses mortos na Líbia
Três militares franceses foram mortos, este domingo, num ataque a um helicóptero perto da vila de Magrum, a 70 quilómetros de Benghazi, na Líbia. Segundo o Presidente francês François Hollande, os soldados estavam envolvidos em "operações secretas perigosas."
Na sequência das primeiras mortes de militares franceses na Líbia, o porta-voz do Ministério da Defesa confirmou, pela primeira vez, a presença militar francesa nesse território. "[Estamos na Líbia] para assegurar que a França está presente em todas as frentes de combate ao terrorismo", fez saber o ministério, esta quarta-feira.
Em fevereiro, a mesma entidade tinha negado a intervenção nesse país, depois do jornal Le Monde ter revelado a cooperação entre franceses e militares que lutam contra o Estado Islâmico.
O ataque ao helicóptero já foi reivindicado pela Brigada de Defesa de Benghazi, um grupo maioritariamente constituída por militares líbios, embora o exército da Líbia continue a considerar o acontecimento um acidente, avança o The Guardian.
Os militares franceses, em conjunto com as forças britânicas e norte-americanas, têm cooperado com as tropas leais a Khalifa Haftar, comandante da Líbia oriental, que têm lutado contra os militantes do Estado Islâmico.
Desde 2011 que a Líbia vive um clima de crescente tensão, primeiro com a remoção e execução de Muammar Khadafi, e entretanto com a entrada destes extremistas islâmicos em 2014. O Estado Islâmico tem, contudo, enfrentado múltiplas dificuldades na manutenção do seu domínio neste território, tendo agora apenas o controlo da cidade de Sirte (a base mais significante fora do Iraque e da Síria.)