Três décadas da moda de Miguel Vieira

Designer do Porto mostrou em Nova Iorque peças de inspiração desportiva onde não faltam os punhos de elástico e as bainhas arredondadas
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Esta terça-feira, dia 12 de setembro, Nova Iorque recebeu mais uma vez a moda portuguesa. No dia anterior, dia 11 de setembro, o Pier 59 Studios já tinha sido o palco do desfile de Katty Xiomara, recebendo na tarde seguinte as propostas de Miguel Viera. Dois desfiles que aconteceram no âmbito do plano de internacionalização da moda portuguesa do Portugal Fashion, um projeto apoiado pelo Portugal 2020, e que tem próximas paragens em Londres, Milão e Paris.

Nova Iorque é a primeira grande semana de moda internacional do calendário e um mercado importante para a expansão dos designers portugueses como explicou em comunicado Adelino Costa Matos, presidente da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários): "a New York Fashion Week assume uma importância dupla, pois não só marca o início da temporada de apresentações das coleções primavera/verão 2018 no circuito de semanas de moda femininas, como também vem reafirmar a presença do Portugal Fashion no mercado norte-americano. (...) representa uma vitória para o projeto e uma oportunidade para levar a etiqueta made in Portugal a uma das mais mediáticas e fervilhantes capitais mundiais da moda".

Miguel Vieira que já tinha apresentado a coleção de outono- inverno 2017/18 na Big Apple, confirma a importância da realização deste desfile, revelando ao DN que depois do seu desfile anterior, em fevereiro, o reconhecimento do nome Miguel Viera cresceu e que tal é muito importante para a internacionalização da marca. "Quando se faz qualquer desfile em qualquer parte do mundo não significa que existam notas de encomenda de imediato, mas obviamente que posteriormente quando vou para as feiras de vendas existe uma repercussão bastante grande. Os byers americanos que passam por lá lembram-se da marca e do desfile e isso é muito importante."

Para a próxima estação quente, o designer do Porto propõe peças de inspiração desportiva onde não faltam os punhos de elástico e as bainhas arredondadas, mas não deixa de fora propostas mais elegantes onde encontramos roupa mais fluida e muitas assimetrias. Esta é uma coleção especial porque assinala os trinta anos de carreira do designer, uma data que teve festejos discreto em pregadeira e alguns acessórios comomemorativos.

Como já nos habituou Miguel Vieira manteve-se fiel ao preto e branco de que nunca se cansa porque "são duas cores que exigem uma grande criatividade. Enquanto um modelo de vestido se tiver várias versões de cores diferentes vão parecer peças distintas, com o preto e o branco isso não acontece, cada peça tem de ser única.". Nos padrões deixou-se levar pelas linhas gráficas que têm sempre algo de arquitetónico. Elementos que pertencem à história da marca mas que se reinventam em materiais inovadores como explicou o designer ao DN.

Além das apresentações em passerelle estiveram ainda presentes em showroom profissional (exposição onde os buyers podem compras as coleções para as lojas) os designers Luis Buchino e Carla Pontes, mas também as marcas Pé de Chumbo e Babash.

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