Transplante ao militar "correu bem" mas prognóstico é reservado
"O 'feedback' que temos é que [a cirurgia] correu bem. Contudo, o prognóstico mantém-se reservado", avançou a major Elisabete Silva, acrescentando que o Exército está a aguardar a "evolução clínica".
Na quarta-feira, a mesma fonte referiu que "houve um agravamento da função hepática", pelo que o militar - que está internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa - teve de ser sujeito a um transplante de fígado.
Na altura, a porta-voz do Exército esclareceu também que a informação transmitida inicialmente de que o militar teria sofrido um golpe de calor - durante uma prova que ocorreu na terça-feira, em Santa Margarida da Coutada, no distrito de Santarém - "está fora de questão", mas "ainda não se sabe" o verdadeiro motivo do incidente.
Numa nota publicada no 'site' da Presidência da República, é dado conta de que Marcelo Rebelo de Sousa, que é também Comandante Supremo das Forças Armadas, visitou o militar antes da cirurgia.
A confirmação inicial de um golpe de calor foi descartada devido a análises clínicas posteriores, mas que ainda "não são conclusivas", acrescentou a major Elisabete Silva.
O Exército abriu um processo de averiguações à ocorrência para perceber o que poderá ter acontecido.
"Não houve excesso de esforço físico, era um esforço físico completamente normal para qualquer militar, as condições a nível de hidratação dos militares estavam completamente garantidas, de alimentação, de apoio médico", referiu, sublinhando que "faz parte do processo de averiguações perceber se, da parte do Exército, houve alguma condicionante para levar a este tipo de situação".
Todos os elementos que frequentam o curso do militar internado na terça-feira com prognóstico reservado foram esta manhã sujeitos a uma colheita de sangue, confirmou à Lusa a porta-voz do Exército, Elisabete Silva.
Inicialmente a porta-voz disse à Lusa que tinham sido sujeitos a análises 140 militares que estavam a frequentar um curso em Santa Margarida da Coutada, em Constância, mas depois retificou a informação, adiantando que no total são 164 militares incluindo os responsáveis e formadores do curso.
Elisabete Silva referiu à Lusa que, no seguimento do internamento e transplante de fígado de um jovem que frequentava o curso "foi aberto um processo de averiguações e no âmbito do mesmo foram feitas 164 análises clínicas" dado que "as informações clínicas não são conclusivas", fazendo parte das diligências do processo.
A colheita para a realização das análises foi transportada pela GNR para o Hospital Militar do Porto e, segundo a porta-voz, ainda não há previsão de quando estarão prontas.
O curso frequentado por 141 militares para a promoção à categoria de segundo cabo teve a duração de seis semanas e termina hoje em Santa Margarida.
(Notícia atualizada às 13.20 com novos dados)