Transparência é "antídoto" para o populismo, diz Ferro Rodrigues
Estabelecendo, implicitamente, um contraste com a forma quase secreta como decorreu o processo de revisão da lei do financiamento partidário, Ferro Rodrigues disse que se trata de um "conjunto de iniciativas que vão agora entrar em fase de discussão pública e parlamentar".
E "a transparência, a publicidade, a divulgação dos processos legislativos não são aliados do populismo; pelo contrário, são um bom antídoto contra o populismo antiparlamentar". Isto porque - explicou - "permitem aos cidadãos escrutinarem os seus representantes e verem com os próprios olhos a democracia a funcionar".
Mas agora, acrescentou, é preciso recusar "eventuais calculismos partidários prejudicassem a aprovação de mudanças que há muito se impõem" porque "as eleições europeias e legislativas serão apenas em 2019". "Cabe agora ao poder político, ao Governo e à Assembleia da República, em articulação com os poderes próprios do Presidente da República, olharem para este contributo qualificado e agirem dentro da sua esfera de poderes próprios".
Ferro Rodrigues aproveitou também a sua intervenção na cerimónia de abertura do ano judicial, no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, para saudar o chamado "Pacto da Justiça" celebrado entre vários operadores do sistema.