Trabalhadores da recolha do lixo iniciam hoje greve de 5 dias

<p>Os trabalhadores da recolha do lixo de Loures iniciam segunda-feira à noite uma greve de cinco dias para protestar contra o corte do subsídio de deslocação que auferiam há 27 anos.</p>
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A greve inicia-se hoje às 23.00 nos sectores de resíduos sólidos, devendo mobilizando no primeiro dia cerca de 300 trabalhadores, segundo disse o coordenador da direcção regional de Lisboa do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Vítor de Jesus. O sindicalista explicou que o protesto se deve ao corte no subsídio de deslocação, que cerca de 1500 trabalhadores municipais auferiam há 27 anos. "Este subsídio era uma forma de compensar quem trabalhava longe e não tinha hipótese de comer no refeitório municipal que tinha um preço mais reduzido", referiu. "À greve deverão aderir, além dos trabalhadores da recolha do lixo, os piquetes da água e do saneamento dos Serviços Municipalizados de Loures (SMAS), mas só o farão no último dia de protesto (sexta-feira).

Segundo o sindicalista, a administração dos SMAS exigiu que fossem cumpridos os serviços mínimos, mas isso não vai acontecer. "Os trabalhadores não estão dispostos a cumprirem o serviço mínimo. Se quiserem levantar processos disciplinares podem fazê-lo", sublinhou. Anteriormente, também em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira (PS), explicou que a extinção do subsídio se deve ao facto de o município estar a cometer uma "ilegalidade". "Nós procuramos junto dos sindicatos uma forma de manter o subsídio, mas de acordo com a lei não era legal. E como a lei é para cumprir teve de ser retirado", justificou o autarca. Carlos Teixeira considerou ainda que os subsídios de deslocação só fazem sentido quando as deslocações são feitas fora do concelho de Loures.

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