"Queremos dar ao presidente razões para aproveitar a EPUL para a definição de um futuro na reabilitação da cidade", disse à Lusa Pedro Vicente, da Comissão de Trabalhadores da EPUL..Sem querer divulgar as propostas concretas que elaboraram, o representante adiantou que está assente em quatro eixos prioritários: a reabilitação urbana, a constituição de um fundo imobiliário para disponibilização de uma bolsa de imóveis para arrendamento e para reabilitação, a expansão e a internacionalização dos serviços prestados pela EPUL, já iniciada, e a valorização de ativos municipais..Pedro Vicente explicou que esta proposta de viabilização da empresa foi feita na sequência de um desafio lançado pelo presidente da câmara..Os trabalhadores consideram que a missão da EPUL "não se encontra esgotada" e propõem-se a "dar continuidade ao esforço de reestruturação e saneamento da empresa"..Num comunicado hoje divulgado, a comissão frisou que, apesar das dificuldades financeiras, a EPUL obteve nos últimos anos resultados anuais positivos na ordem dos cinco milhões de euros..Para a comissão, a EPUL é o "instrumento ao dispor da autarquia que apresenta as melhores condições para atuar numa Lisboa estagnada que se encontra por reabilitar e regenerar".."Os trabalhadores da EPUL esperam agora que António Costa suspenda a intenção de extinguir a empresa e proceda a uma análise responsável e a uma discussão participada do documento apresentado", lê-se no comunicado..António Costa anunciou na semana passada a intenção de extinguir a EPUL, assegurando a integração da atividade da empresa na autarquia para "preservar património" e "direitos dos trabalhadores"..A extinção da empresa será debatida hoje à tarde numa reunião extraordinária privada.