TheFork quer que os clientes regressem aos restaurantes. Há descontos de 50%
A aplicação de reservas online TheFork quer promover o regresso dos clientes aos restaurantes num momento em que o sector enfrenta quebras acentuadas por causa da pandemia. Por isso, durante dois meses quem fizer reservas através da aplicação nos mais de 350 restaurantes nacionais aderentes à ação "Regresso aos Restaurantes" tem descontos de 50% na carta.
Miss Jappa, Sommelier, Pap"Açorda, O Nobre, Saraiva´s, Espada ou o Boi-Cavalo, em Lisboa; D"Avenida Fine Dining, Terra Nova e Palato no Porto; Il Vivaldi, Mozart, Regional Flavours, na ilha da Madeira, são alguns dos espaços que já aderiram.
"Uma oportunidade única para voltar a apreciar o melhor da gastronomia e com um grande objetivo: promover o consumo e impulsionar a recuperação do setor, que foi duramente afetado pela crise do Covid-19", justifica Sérgio Sequeira, country manager do TheFork, sobre a iniciativa levada a cabo mundialmente pela aplicação de reservas e que conta com a participação 10 mil restaurantes em 18 países, de 17 de setembro até 18 de novembro, mobilizando cerca de 20 milhões de pessoas, segundo a aplicação.
Na situação atual de contração da procura e redução do poder de compra, a oferta de incentivos e descontos tornou-se a melhor aliada para aumentar a visibilidade dos restaurantes. Está comprovado que, a nível mundial, os restaurantes com ações promocionais de descontos multiplicam o seu e geram quatro vezes mais reservas que os restaurantes que não aderem, refere a TheFork.
Num ano em que "o normal seria um crescimento" no número de restaurantes, a aplicação também sofre o impacto da pandemia no sector: "Neste momento temos menos 15% de restaurantes parceiros (antes da pandemia 2794 e agora 2381 restaurantes) do que antes da pandemia", admite Sérgio Sequeira. Mas, "estamos confiantes que até ao final do ano consigamos recuperar o número de parceiros que tínhamos antes da pandemia - cerca de 2800 restaurantes."
"Quanto à faturação e número de reservas, encontramo-nos, neste momento, com uma quebra de 10% face ao período homólogo. Felizmente e como sinal de motivação, dos 22 países do TheFork, somos o 4º país com melhor recuperação", revela.
Arrancam com a campanha "Regresso aos Restaurantes" num momento em que o sector da restauração enfrenta forte quebras de consumo por causa da pandemia. Quais os objetivos ao nível de reservas?
Há cinco anos que apoiamos a restauração em Portugal e sabemos que agora, mais do que nunca, precisa do nosso apoio. A nossa experiência tem-nos mostrado que reactivar esta área em tempos difíceis é a chave para a recuperação do setor e queremos colocar à disposição dos restaurantes todas as ferramentas possíveis para voltarem a encher as suas mesas. É por isso que lançamos o "Regresso aos Restaurantes", uma iniciativa mundial, e na qual vamos investir para multiplicar a visibilidade dos restaurantes e ajudá-los a acelerar a sua recuperação, aproximando a gastronomia a todos.
Com esta iniciativa queremos voltar a reunir à mesa da restauração os apreciadores da gastronomia com os seus amigos e família, ao melhor preço, e fazer face à queda da procura que temos vivido, sempre com responsabilidade e respeitando as medidas de segurança estabelecidas. Estamos confiantes numa grande adesão dos portugueses para que a restauração possa aumentar as suas reservas e multiplicar a sua visibilidade graças às ofertas especiais e ao investimento promocional do TheFork.
Que outras ações estão ou levaram a cabo para afastar receios dos clientes e aumentar frequência de reservas?
Apresentamos e destacamos as medidas de segurança praticadas pelos restaurantes na página do restaurante no TheFork e disponibilizamos também a opção de reserva no interior ou exterior do restaurante. Sabemos que nesta fase os clientes dão preferência aos espaços exteriores, pelo que temos feito um esforço em identificar todos os restaurantes com esplanada e disponibilizarmos uma seleção na plataforma com os respetivos locais que têm esta opção. Neste âmbito, também sensibilizamos os clientes para a reserva online, que nesta altura é tão importante para os restaurantes organizarem a chegada programada e faseada.
Que impacto a pandemia tem vindo a ter na actividade de The Fork? Ou o facto de fazer reserva estar entre as medidas de segurança sugeridas mitigou impacto?
Teve um impacto muito significativo, pois tivemos todas as reservas paradas durante o encerramento obrigatório dos restaurantes. Contudo, durante esse tempo, estivemos sempre ao lado dos nossos restaurantes parceiros para lhes prestar todo o nosso apoio: disponibilizamo-nos para comunicar gratuitamente em todos os nossos canais os restaurantes que estavam a praticar os serviços de takeaway e entregas ao domicílio, uma vez que era a única fonte de receita possível durante aquele período.
Os restaurantes, mais do que nunca, sentem a necessidade de comunicar o seu restaurante, disponibilizar um canal de reservas online e conseguir, de forma eficaz, optimizar a sua capacidade. Graças ao nosso sistema de reservas TheFork Manager, os nossos parceiros conseguem gerir na perfeição o seu plano de sala e centralizar todos os canais de reservas num sistema. Em paralelo, beneficiam da visibilidade acrescida nos canais TheFork.
A pandemia levou ao encerramento do Horeca que voltou a abrir portas, com limitações de lotação, entre outras restrições. Como têm evoluído as reservas desde a reabertura?
Felizmente temos estado a recuperar, pois todos os meses temos aumentado a receita de reservas e o número de restaurantes parceiros.
A AHRESP tem alertado que muitos dos associados referem poder avançar com pedidos de insolvência. Que vão fechar portas. Têm sentido essa realidade ao nível de restaurantes aderentes à app?
Infelizmente, essa realidade foi sentida no TheFork através do fecho de alguns restaurantes parceiros e outros que ainda não abriram. Neste momento temos menos 15% de restaurantes parceiros (antes da pandemia 2794 e agora 2381 restaurantes) do que antes da pandemia, quando o normal seria um crescimento.
Aguardamos os próximos meses para ver a evolução, mas acreditamos que este período até ao Natal vai ser muito difícil para todos os restaurantes, sejam nossos parceiros ou não. O objetivo da nossa iniciativa "Regresso aos Restaurantes" é efetivamente ajudar os restaurantes nesse período.
Que impacto sentiram com a quebra de turistas no uso da app?
Sentimos uma forte quebra como era expectável. Atualmente, quase não temos registadas reservas de turistas na plataforma. Mas o peso dos turistas na nossa plataforma tem vindo a diminuir nos últimos dois anos, o que se deve também ao enorme crescimento dos utilizadores portugueses, que agora se acentuou devido à preocupação em fazer a reserva para permitir uma programação e faseamento da sua chegada ao restaurante, evitando assim ajuntamentos à porta. É devido a esta necessidade que, apesar de não termos quase turistas em Portugal, a nossa plataforma apresenta uma quebra de apenas 10% das reservas em relação ao ano passado, no mesmo período.
Desde 15 de setembro, há novas regras. Que impacto, se algum, antecipam na vossa operação?
No que diz respeito à restauração, as limitações a partir de 15 de Setembro são apenas para o número de pessoas em cada mesa, e apenas para restaurantes próximos de escolas e em centros comerciais. Estes últimos, praticamente, não nos afectam, uma vez que não temos reservas nesses restaurantes. Acredito que poderá ter mais impacto o regresso do receio de se frequentar espaços públicos, devido ao aumento dos casos.
Comer em casa tornou-se uma tendência, com muitos restaurantes a avançar com entregas em casa ou take away. TheFork está a olhar para esta realidade e eventualmente permitir através da app oferecer esse serviço aos clientes e restaurantes?
Neste momento não está previsto mas não descartamos essa possibilidade no futuro.