The American Pops Orchestra. Misturar clássicos americanos e música clássica por Lisboa

Luke Frazier explica ao DN que quis "criar uma orquestra conhecida por ser um lugar onde as pessoas se podiam divertir".
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Don"t Rain on My Parade ou I Say a Little Prayer foram algumas das músicas que se puderam ouvir na quinta-feira à noite na voz da cantora Morgan James. Tudo acompanhado pelo som clássico de uma orquestra. Este é o conceito da The American Pops Orchestra, criada em 2015 e que garantiu a animação musical nas comemorações do 4 de julho - celebrado com uns dias de antecedência - na Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa.

O conjunto quer trazer a música popular americana a um público mais amplo, de uma forma divertida e sempre com música da mais alta qualidade.

No jardim da embaixada e ainda antes da chegada dos convidados, o fundador da orquestra, Luke Frazier, explica ter criado a banda para as pessoas poderem ouvir música do mais alto nível mas de uma forma leve. "Eu queria criar uma orquestra conhecida por ser um lugar onde as pessoas se podiam divertir. Onde se podia ouvir música clássica mas a pessoa sabendo que se iam divertir", conta o maestro ao DN. E vários artistas costumam juntar-se à orquestra para levar música aos estados por onde tocam de forma totalmente gratuita. Cantores como Patti Labelle, Josh Groban, Joshua Bell, Brian Stokes Mitchell , ou nesta noite em Lisboa, Morgan James, já participaram em espetáculos.

O ambiente clássico da orquestra é de alguma forma quebrado pelas canções bem conhecidas do púbico, mas com novos arranjos de forma a serem tocadas classicamente. Estas novas orquestrações nascem de uma vontade do criador e maestro de levar a todos um género de música muitas vezes visto como sendo quase reservado a alguns grupos da sociedade, num gesto de democratização do género. A orquestra é composta por artistas profissionais e por membros da Broadway.

Enquanto esteve em Portugal, a orquestra de Washington DC trabalhou com estudantes do conservatório, o que tornou possível uma troca de culturas e de conhecimentos. "Pudemos fazer essa troca, e acho que quanto mais trocarmos, quanto mais pudermos partilhar, melhor será o mundo", disse Luke Frazier. Poder desenvolver conversas em torno da música clássica e de tudo o que ela pode ser, é uma honra para esta banda que já está no ativo há quase sete anos.

A Pops Orchestra tem ainda várias iniciativas a nível educacional. Todos os anos o maestro passa três semanas a fazer digressões por várias escolas primárias nos Estados Unidos, além de organizar um concurso de canto para encontrar jovens vocalistas.

Foi a relação próxima de amizade entre o maestro Luke Frazier e a embaixadora dos EUA em Portugal, Randi Charno Levine, em funções desde abril, que os trouxe a Lisboa. "Como tocamos muita música americana, é algo muito especial comemorar o 4 de julho na embaixada", disse o maestro.

Músicas da Broadway, country ou soul foram alguns dos estilos tocados pela orquestra na celebração do Dia da Independência dos EUA. "Algumas das músicas que tocámos foram novos arranjos que a orquestra nunca tocou e que foram encomendadas especialmente para este momento", explica Zach Peaslee, operations manager da orquestra.

The American Pops Orchestra também tocou na Praça Luís de Camões, em Lisboa, num concerto gratuito apoiado pela embaixada. A possibilidade de interagir com o público de forma mais casual e com as pessoas que foram acompanhando as canções deixou a banda feliz por ter vindo a Lisboa.

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