Temporal. Seis mortos é o balanço provisório nas cheias na Bélgica

A noite foi violenta na Bélgica, com chuvas torrenciais a atingirem o sul do país.
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Sobe para seis o número de mortos nas enxurradas na Bélgica. As autoridades apontam também a existência de "vários desaparecidos", na sequência do forte temporal que continua a atingir a região sul e o leste do país. Também a Alemanha foi afetada pelo mau tempo, registando-se igualmente vítimas mortais e vários desaparecidos.

"A situação nas províncias de Luxemburgo e Liège está muito complicada", admitiu o ministro-presidente da região da Valónia, e antigo primeiro-ministro, Elio Di Rupo, em declarações à imprensa, acrescentando que "tem havido evacuações [das zonas mais atingidas] e continuam em curso".

"O que é certo é que esta situação é uma calamidade nacional", afirmou o chefe do governo da região sul do país, esclarecendo que "os serviços [de socorro] da Valónia estão a funcionar, e o centro de crise está presente com os seus próprios agentes desde o início".

A região da Valónia foi fortemente atingida pelas cheias. Os comboios estão parados no sul do país. A empresa Infrabel, operadora ferroviária, divulgou imagens de carris destruídos.

Há relatos de pessoas que "perderam tudo no espaço de minutos", com a subida repentina das águas em várias cidades da Valónia. As ruas foram transformadas em caudais de cheia. Na comuna de Pepinster pelo menos uma dezena de habitações ruiu.

Liège é uma das cidades mais atingidas. Há viaturas arrastadas pela água, túneis rodoviários submersos. Há quedas de árvores em várias regiões. Há relatos de pessoas nos telhados das habitações.

Noutras cidades do leste do país, a descida das águas deixou para trás um rasto de lama densa e estragos avultados, ainda por contabilizar. O centro da cidade de Spa ficou submerso.

Em Eupen, uma cidade encostada à fronteira com Alemanha, a imprensa local relata pelo menos uma morte de um homem de 22 anos. Outra vítima foi encontrada na cave da própria casa, que ficou submersa. Entretanto, as autoridades encontraram os corpos de mais quatro pessoas, na zona de Verviers, elevando para quatro o número de vítimas mortais.

Um pouco mais a sul, na cidade de Marcourt uma jovem de 15 anos, foi arrastada pelas águas e está desaparecida desde ontem. As autoridades apontam também para a existência de várias pessoas "por encontrar".

Nas redes sociais, há relatos de pessoas presas nos andares superiores das habitações, cercadas pelas águas, ainda esta manhã à espera de ajuda. Os habitantes falam de dificuldades com a obtenção de socorro, devido ao elevado número de ocorrências durante a madrugada.

Várias cidades amanheceram submersas e espera-se que a situação venha ainda a piorar em algumas zonas encostadas ao Rio Musela, cujas margens deverão ser alagadas, com abertura de comportas da barragem de Eupen, que já atingiu a máxima capacidade.

E o governo deu indicações para que os habitantes de várias cidades da província de liége sejam deslocados para locais seguros, já que várias zonas deverão ficar submersas.

Ainda durante esta quinta-feira "são esperadas chuvas muito fortes, que vão passar para um eixo mais central do país", alertou o ministro-presidente da região da Valónia, Elio Di Rupo, em declarações à imprensa.

A situação pode agravar-se nas próximas horas em algumas cidades encostadas às margens do rio Musela. Já foi anunciada a abertura das comportas da barragem de Eupen.

E o governo deu indicações para que os habitantes de várias cidades da província de Liège sejam deslocados para locais seguros, já que várias zonas deverão ficar submersas.

Atualizado às 12:58

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