A candidata presidencial Maria de Belém assinalou hoje que a TAP é uma empresa de "enorme importância estratégica" para Portugal e representa "território nacional" em todo o mundo e em todos os aeroportos onde os seus aviões aterram..Manifestando o desejo de que "corram bem os contactos que o Governo está a estabelecer com a empresa que ganhou a privatização da TAP" com vista a um acordo que devolva a maioria do capital da companhia ao Estado, Maria de Belém escusou-se, todavia, a comentar de que modo deve ser composta a empresa e com que percentagem de capital público..Tal opinião, prosseguiu, não deve ser dada por uma aspirante a Belém, que deve antes destacar a importância da transportadora aérea, empresa pela qual Portugal e os portugueses "têm uma grande afetividade".."Importante é lembrar que a TAP tem enorme importância estratégica para Portugal", advogou a candidata presidencial, que falava aos jornalistas à margem de uma iniciativa na sede da sua campanha, em Lisboa..O primeiro-ministro, António Costa, afirmou na sexta-feira, em Bruxelas, que o Estado retomará a maioria do capital da TAP mesmo sem acordo com os compradores privados..Em conferência de imprensa, António Costa referiu que a negociação tem de continuar e espera que "haja um acordo", mas alertou que a execução do programa do Governo avançará mesmo sem acordo..Maria de Belém organizou hoje na sede da sua candidatura um debate em torno da "Internacionalização das Universidades Portuguesas", que contou com a presença, entre outros, do mandatário nacional da sua campanha e ex-ministro da Educação Eduardo Marçal Grilo, do ex-Reitor da Universidade de Aveiro e ex-Ministro da Educação, Júlio Pedrosa, e do ex-Reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro..Aos jornalistas, a candidata lembrou o "caminho de excelência" da academia portuguesa percorrido nas últimas décadas, e defendeu que a Presidência da República deve funcionar como "dinamizadora" dos talentos desenvolvidos..Se for eleita para Belém, a candidata, ex-presidente do PS, assegura que irá promover uma "diplomacia científica" que acrescentará "valor económico ao país".