Tancos: CDS quer Chefe do Exército no parlamento

Os centristas querem saber como é que os militares não registaram o desaparecimento de uma caixa com cem unidades de explosivos plástico (gelamonite)
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O CDS pediu esta quinta-feira que o Chefe de Estado-Maior do Exército seja ouvido na Comissão de Defesa do parlamento para explicar como foi possível que tivesse desaparecido uma caixa com cem velas de explosivos dos paióis de Tancos, sem que os militares o terem registado. Na terça-feira Rovisco Duarte anunciou que tinha aparecido uma "caixa (de petardos) a mais que não constava da relação inicial" entre o material furtado que foi recuperado pela Polícia Judiciária Militar (PJM), no passado dia 18 de outubro.
Este pedido de audição dos centristas junta-se ao do PSD, que também a requereu, no passado dia 25, quando a Comissão de Defesa aprovou a audição do ministro da Defesa, feita a pedido do PS quando o material foi encontrado.

Perante as notícias desta semana, principalmente a do DN, segundo a qual a caixa "a mais" continha não simples petardos, mais cem unidades de explosivo plástico de 200 gramas cada um, com potência superior à do TNT, os centristas querem que Rovisco Duarte explique como foi possível tal situação tivesse escapado ao controlo dos responsáveis militares e qual foi o rigor da lista feita pela PJM.

Outra questão que será levantada pelo CDS prende-se com a segurança das instalações de Santa Margarida , para cujos paióis foram, transferidos os materiais e equipamentos que estavam em Tancos. Os centristas ficaram preocupados com as recentes notícias que davam conta de roubo de sucata desta base. Há duas semanas, o Observador revelou que, antes do furto de Tancos, a GNR apreendeu material furtado do campo de Santa Margarida, nomeadamente cinco toneladas de peças de um blindado M47. O Exército esclareceu que esse carro de combate foi desmilitarizado e que as suas "carcaças" são utilizadas para exercícios. Disse ainda que esses treinos são efetuados na zona não vedada do campo e que os sucateiros aproveitam para recolher pedaços de metal soltos resultantes do impacto dos projéteis. Em comunicado anunciou ainda que a GNR tinha detido o responsável.

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