Sustos e Ramos na reviravolta que deu a liderança isolada ao Benfica

Golos de David Neres, João Mário e Gonçalo Ramos garantiram triunfo frente ao Paços de Ferreira (3-2), em jogo em atraso da 3.ª jornada da I Liga. Koffi foi dos melhores em campo e bisou para os pacenses.
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Foi com competência (e alguns sustos) que o Benfica chegou à liderança isolada da I Liga 2022-23, com 12 pontos (mais dois do que o Sp. Braga), depois de vencer o Paços de Ferreira (3-2), no Estádio da Luz, no acerto de calendário do campeonato. Hoje e pela primeira vez a equipa de Roger Schmidt partiu em desvantagem, mas soube reagir e dar a volta ao marcador - golos de Neres, João Mário e Gonçalo Ramos - apesar de acabar a sofrer com o bis de N"Dri Koffi.

Face às 12 ausências para este encontro (entre lesões e suspensões e reforços não inscritos à data original do encontro da 3.ª jornada), o Paços de Ferreira apresentou-se na Luz com um onze alternativo e com apenas cinco suplentes. O treinador César Peixoto, expulso na última jornada, teve de orientar a equipa desde a bancada e viu os castores entrar bem em campo. Aos 13 minutos, N"Dri Koffi quase marcou, mas Grimaldo cortou em cima da linha e evitou o golo pacense numa boa jogada de transição dos visitantes.

A resiliência dos castores foi sendo quebrada, apesar da brutal diferença de argumentos ter demorado a aparecer. Bah, a única alteração ao onze habitual por opção de Schmidt, deu a Gonçalo Ramos a oportunidade para adiantar as águias no marcador, mas o camisola 88 falhou o remate... Um lance que serviu de despertador. Com uma entrada lenta e uma evidente descoordenação entre setores, a equipa encarnada foi intensificando a pressão sobre os castores e, aos 31 minutos, Otamendi, que voltou à equipa e voltou a envergar a braçadeira de capitão, ainda meteu a bola na baliza, mas o lance foi invalidado por fora de jogo de Rafa, que tinha feito a assistência.

A muralha defensiva dos castores continuava bastante coesa e Antunes foi lá à frente dar uma ajudinha. O capitão do Paços de Ferreira aproveitou um corte para, à entrada da área, "disparar" à baliza de Vlachodimos. A bola ainda sofreu um desvio em N"Dri Koffi antes de entrar - o Benfica sofria assim o primeiro golo do campeonato. E nem deu tempo para ondas de choque. A equipa encarnada reagiu logo de seguida, com dois golos em seis minutos. David Neres empatou e João Mário (depois de acertar no poste) promoveu a reviravolta no marcador antes do intervalo, cobrando com sucesso uma grande penalidade.

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Se a primeira parte foi animada, com poucas paragens e com bom tempo útil de jogo - discussão muito em voga no futebol português -, o segundo tempo começou com mais um golo anulado às águias (lance de Bah, invalidado pelo VAR). Mas a ofensiva encarnada era demasiado intensa e forte para os frágeis castores e Gonçalo Ramos picou o ponto, finalizando uma bela jogada do ataque benfiquista. Ainda foi preciso esperar pela certificação do VAR para o jovem avançado festejar o sexto golo da época.

Até ao fim sucederam-se as oportunidades para o Benfica aumentar a vantagem, sem que o Paços deixasse de explorar as costas da adiantada linha defensiva encarnada e reduzisse o marcador. Outra vez por N"Dri Koffi. O susto não impediu que o Benfica seguisse 100% vitorioso, com oito vitórias em oito jogos (4 na I Liga e 4 no apuramento para a Champions).

Um triunfo em memória do "ti Emílio", que morreu esta terça-feira aos 101 anos: Emílio Andrade Júnior era o sócio número 1 do Benfica e dono do restaurante Adega Tia Matilde, onde Eusébio almoçava todos os dias.

isaura.almeida@dn.pt

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