O homem foi detido na terça-feira à noite, por militares da GNR, tendo sido presente no dia seguinte ao procurador do Ministério Público (MP), que ordenou a realização de novas diligências de investigação antes de propor medidas de coação. Desta forma o homem permaneceu detido no posto da GNR de Vila Praia de Âncora e foi esta quinta-feira novamente presente ao tribunal. .No final da tarde o juiz decretou, como medida de coação, a apresentação periódica às autoridades, duas vezes por semana. .Segundo a fonte policial, na base desta decisão, terá estado a ausência de elementos suficientes, durante a investigação realizada nos últimos anos, para associar diretamente as agressões à morte da mãe. Também o relatório da autópsia, realizado no Instituto de Medicina Legal de Viana do Castelo, concluiu a "ausência de lesões internas ou externas", apontando "causas naturais" para a morte. .O tribunal proibiu o homem de se aproximar de uma tia, que também agrediu, e da sua casa, tendo determinado a necessidade de este se submeter a um tratamento médico, mas voluntário. .Fonte da GNR de Viana do Castelo explicou que tudo aconteceu por volta das 20:30 de terça-feira, na casa em que residia a mãe do suspeito, de 56 anos, e uma tia de 45 anos, que também foi vítima das mesmas agressões. ."Os militares foram chamados ao local e constataram que as duas senhoras tinham sido agredidas. Tiveram que ser transportadas para o hospital de Viana do Castelo", explicou a fonte, acrescentando que a mãe do agressor acabou por morrer no hospital. .O arguido reside na freguesia de Afife, nos arredores de Viana do Castelo, tendo um historial, referenciado pelas autoridades, de conflitualidade. "Estava identificado pelas autoridades do concelho, mas infelizmente ninguém fez nada. Já tinham acontecido outros casos de violência e provocação para com outras pessoas da freguesia", afirmou Arlindo Ribeiro, presidente da Junta de Afife. .O suspeito estava ainda referenciado por episódios de esquizofrenia, associados ao consumo de álcool. ."O problema é que nunca foi devidamente tratado e acabou por ficar marginalizado ao ponto de ser um verdadeiro terror para as pessoas da freguesia. Estamos todos revoltados com o que aconteceu", disse ainda o autarca.