Suspeito da morte de Maddie volta atrás e pede libertação antecipada

Buscas num terreno que pertenceu a Christan B. terminaram na quarta-feira. Defesa do principal suspeito do desaparecimento da criança diz que a polícia "apostou no cavalo errado".
Publicado a
Atualizado a

O principal suspeito do rapto e morte de Maddie McCann, Christian B., voltou atrás na decisão de anular o pedido de liberdade condicional - que tinha sido entregue na terça-feira - e hoje pediu para sair mais cedo da prisão em Kiel, onde cumpre pena de prisão por tráfico de droga.

É uma mudança de estratégia por parte do seu advogado, Friedrich Fülscher, que já disse que a polícia alemã "apostou no cavalo errado" e nega o envolvimento de Christan B. no desaparecimento da criança britânica.

A notícia é avançada pelos media alemães. Segundo o Der Spiegel, cabe agora ao tribunal regional de Kiel - e não ao tribunal regional de Braunschweig, zona de residência do suspeito - a decisão de libertar Christian B. antecipadamente ou não.

O fim da pena de prisão do principal suspeito do rapto e morte de Maddie McCann - a polícia alemã trata o caso como um homicídio - está prevista para o dia 7 de janeiro de 2021 e dois terços desta sentença cumpriram-se no passado dia 7 de junho.

Christian B. tinha dito, através de seu advogado, que tinha perdido a confiança no sistema judicial de Braunschweig depois de ter sido "injustamente condenado" pelo tribunal regional de ter violado uma norte-americana de 72 anos, na Praia da Luz, em Portugal, exatamente o local de onde desapareceu Maddie.

Assim que o tribunal de Kiel foi denominado como o competente para avaliar o seu pedido de liberdade condicional, a defesa do alemão voltou atrás fez um novo pedido.

Se for libertado mais cedo, Chstian B. tem ainda de cumprir a sentença no caso da violação da septuagenária, mas já recorreu da sentença proferida em dezembro de 2019.

Buscas em terreno. "Puro desespero" do Ministério Público alemão

O seu advogado tem feito declarações à comunicação social, e classificou as escavações num lote de terreno que pertenceu ao seu cliente - que decorreram na terça e quarta-feira perto de Hanôver - como "puro desespero" do Ministério Público alemão.

A polícia deu ontem por terminadas as buscas no local e está agora a avaliar o que encontrou - mas nada foi avançado à comunicação social, a não ser que as escavações estavam relacionadas com a investigação ao rapto e morte da criança britânica.

A operação, que envolveu cerca de 100 agentes da polícia alemã, especialistas forenses e cães, encontrou o que parece ter sido uma cave secreta, mas alguns testemunhos disseram que o achado poderia ter sido apenas uma antiga adega.

Há algumas semanas, a polícia também fez buscas numa fábrica abandonada no estado vizinho de Saxónia-Anhalt, no qual se acredita que Brückner também tenha vivido, e descobriu milhares de imagens de abuso sexual de menores gravadas em vídeo e em pen drives enterradas.

Hans Christian Wolters, promotor chefe de Braunschweig, já repetiu várias vezes que os investigadores têm provas concretas de que Brückner - que morava na Praia da Luz quando Madeleine McCann desapareceu - está envolvido no rapto e morte da criança.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt