Buscas em poços não encontram Maddie
A Polícia Judiciária voltou a fazer buscas pelo corpo de Madeleine McCann, desaparecida na noite de 3 de maio de 2007. Desta feita, as autoridades pesquisaram em três poços em zonas rurais de Vila do Bispo, no Algarve, mas sem sucesso.
As buscas, efetuadas a cerca de 16 quilómetros da Praia da Luz, local onde a família McCann estava alojada, contaram com a participação dos bombeiros.
Estas diligências vêm na sequência de um apelo público lançado pelas polícias alemã e britânica relativa a informações sobre o novo suspeito do caso, o alemão Christian Brueckner, a cumprir pena de prisão por outro caso.
No início de junho, o canal alemão ZDF revelou pormenores sobre um novo suspeito e ofereceu uma recompensa a quem tenha informações que o liguem ao caso. Em comunicado, a PJ informou que estava a trabalhar em conjunto com as congéneres alemãs e britânicas.
Mais tarde soube-se que o suspeito é Brueckner, de 43 anos, um alemão que viveu de forma intermitente no Algarve, entre 1996 e 2007.
Segundo o The Mirror, os pais da menina desaparecida quando estes foram jantar fora ainda não foram informados sobre as razões pelas quais a polícia estava a agir.
Uma fonte familiar afirmou ao jornal: "É um período de agonia prolongada. Eles ainda não têm absolutamente nenhuma ideia das provas que a polícia terá para sugerir que Madeleine está morta. Não lhes está a ser dito o que a polícia acredita que lhe aconteceu. Sentimos desesperadamente pena deles, pois suportaram tanta dor e angústia durante 13 anos", comentou.
Alegando que não pode divulgar provas, o Ministério Público alemão fez saber que a menina desaparecida a dias de completar quatro anos estará morta. A polícia alemã diz que tem registos telefónicos do suspeito nas imediações da Praia da Luz no período em que a menina desapareceu.
Ao escrever que o suspeito alemão foi descartado pelas autoridades portuguesas porque desconheciam que tinha sido condenado por um crime sexual contra menores, o Mirror recorda os erros da investigação da PJ, desde não ter fechado o aldeamento turístico nem ter fechado estradas; ter isolado o apartamento dos McCann apenas no dia seguinte, e suspeitado do casal.
O antigo inspetor da PJ Gonçalo Amaral, que liderou a investigação, havia previsto, há mais de um ano, que as autoridades alemãs fossem apontar o dedo a Brueckner. "A caravana em que ele morava foi levada para a Alemanha para testes, mas nada foi encontrado", afirmou Amaral em abril de 2019 em entrevista a um jornalista australiano, tendo apontado o casal McCann como principal suspeito.