Iniciou-se no surf, nas ondas da Costa da Caparica, na década de 1980, da mesma forma como tantos outros: "Primeiro a fazer carreirinhas com pranchas de esferovite, depois no skimming, a seguir com o muribugui - como era conhecido o bodyboard - e depois o surf. A usar pranchas em 14.ª mão, a aprender a olhar para os outros." Esse é o lado B de Pedro Adão e Silva, 46 anos, professor no departamento de Ciência Política no ISCTE, e presença assídua como comentador em vários órgãos de comunicação social - entre os quais a TSF. O surf "é uma parte essencial da minha vida e daquilo que sou", diz. E o seu conhecimento de causa levou-o a ser colunista da revista Surf Portugal e a escrever um livro sobre as melhores praias para surfar em Portugal - Tanto Mar, À Descoberta das Melhores Praias de Portugal. Hoje a "sua praia" é a do Malhão, em Vila Nova de Milfontes, onde passa férias regularmente..Nos últimos quatro anos, e em resultado de a vida "ter-se complicado", o surf passou a ser mais frequente aos fins de semana, agora quase sempre acompanhado pelo filho mais velho, Vicente (na fotografia), de 15 anos. Aliás, o surf, hoje, é mesmo uma coisa de família - também a filha, de 12 anos, está a começar a iniciar-se. O tempo no mar, que para Pedro Adão e Silva é "um tempo suspenso com as suas vantagens", serve ora para se desligar de tudo ou resolver coisas. Das "comezinhas do dia-a-dia a ideias para escrever para revistas e jornais. Sem esquecer a parte física do surf "incomparável. E diferente de tudo o resto".. filipe.gil@dn.pt