Foi há dez anos, que a Avenida da Liberdade, em Lisboa, recebeu pela primeira vez este Super Bock em Stock, à época um formato inovador de festival em Portugal, com os concertos a decorrerem em simultâneo em diversos locais. Uma década depois, o festival recupera o nome original, depois de ter ganho fama como Mexefest, numa mudança que, como explica ao DN o responsável pela Música no Coração, Luís Montez, "tem também como objetivo estabelecer uma maior ligação com o Super Bock Super Rock", o outro festival realizado em Lisboa pela empresa que desde o início organiza este evento. "Há muitas bandas que aqui se apresentam pela primeira vez ao vivo em Portugal e depois são convidadas para atuar no Super Rock. É quase como se fosse uma espécie de ensaio geral para palcos maiores", refere este responsável, para quem "o Super Bock em Stock é festival para novos talentos, ainda que ancorado nalguns nomes mais fortes, para puxar o público"..Entre os cabeças-de-cartaz deste ano destacam-se, por exemplo, o inglês Johnny Marr, ex-guitarrista dos The Smiths, os seus compatriotas Jungle, o jamaicano Mazego, a dupla californiana The Saxophones, o brasileiro Tim Bernardes ou os portugueses Dino Santiago e Capitão Fausto, que vão apresentar pela primeira vez ao vivo o novo disco, A Invenção do Dia Claro, com edição prevista para o próximo ano. A estes, Luís Montez junta ainda outros nomes à sua "lista pessoal de concertos a não perder", como a dupla americana The Saxophones ou os israelitas Lola Marsh, os portugueses Conan Osiris - por quem sente "muita curiosidade, pela expectativa criada" - e Manuel Fúria e a cantora angolana Anabela Aya, "pela mistura de blues e soul com a música tradicional de Angola, que atua no renovado Maxime. "Está uma sala incrível, linda de morrer e vale a pena dar lá um pulo só para ver como ficou", aconselha Luís Montez..O antigo cabaré (entretanto transformado num luxuoso hotel com bar e restaurante) é uma das novidades do roteiro deste ano do Super Bock em Stock, ao qual se junta ainda espaços como a Casa do Alentejo, o Coliseu dos Recreios, o Cinema São Jorge, o Cineteatro Capitólio, a Estação do Rossio, a garagem da EPAL, o Palácio da Independência e o Teatro Tivoli. Ao todo, serão 12 os palcos em funcionamento, que irão receber nos dois dias de festival um total de 52 espetáculos. Como é habitual, o mais complicado vai ser mesmo escolher, pelo que é aconselhável definir previamente o roteiro de espetáculos. Para isso será facultada uma aplicação que permite obter informações, em tempo real, sobre o horário dos concertos e as lotações das salas.."Eu próprio já fiz o meu roteiro e há sempre alguma coisa que escapa, mas este festival é um bocadinho como ir às tapas, é para se ir picando um bocadinho de cada coisa, embora haja sempre um prato principal para quem ficar com fome", diz Luís Montez..Para facilitar a vida ao público, haverá, durante o festival, um serviço de shuttles gratuito, a cargo da Taxify, a circular entre o Rossio e o São Jorge. E o já icónico Super Bock Bus vai novamente andar pela Avenida, sempre com muita música ao vivo, também no interior do autocarro..Super Bock em Stock.Avenida da Liberdade (vários locais), Lisboa. 23 e 24 de novembro, sexta e sábado, 18h00, €50 (passe)