Sul rejeita exigências do Norte para reativar Kaesong
O complexo, aberto na Coreia do Norte em 2004, funcionava como o único polo de cooperação entre as duas Coreias e foi encerrado por tempo indeterminado quando ambos os países enfrentam crescentes tensões militares.
No domingo, a Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte, liderada por Kim Jong-un, admitiu reiniciar as operações no complexo se Seul abandonasse todos os "atos hostis e provocações militares".
Entre as provocações militares estão os preparativos para um exercício militar conjunto entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos em agosto, bem como atitudes de ativistas e desertores que utilizam balões para enviar para a Coreia do Norte panfletos anti-Pyongyang.
"As exigências do Norte são incompreensíveis e injustas", disse Kim Hyung-seok, porta-voz do Ministério da Unificação, que lida com os assuntos entre as duas Coreias.
O mesmo responsável salientou que Seul pede a Pyongyang que se sente á mesa do diálogo em vez de fazer exigências injustas.
Já o Ministério da Defesa revelou não estar planeado o cancelamento do próximo exercício militar conjunto com os Estados Unidos".
"Kaesong foi construído no princípio de que a política e a economia são duas coisas distintas e, por isso, é inapropriado ligar o exercício militar conjunto com o parque industrial", disse um porta-voz do Ministério da Defesa.
Cerca de 53 mil norte-coreanos trabalhavam em Kaesong até ao início de abril, quando a tensão entre as duas Coreias suspendeu a atividade no parque e Pyongyang retirou todos os trabalhadores.
Entretanto, de Kaesong sairam também todos os funcionários da Coreia do Sul, cujos últimos representantes saíram na última sexta-feira.