Strauss-Kahn assume a sua parte da responsabilidade dos erros do FMI na Grécia
Sublinhando que, do seu ponto de vista, o Fundo Monetário Internacional não errou em participar nos resgates internacionais a países da zona euro como a Grécia, Strauss-Kahn, conhecido por DSK, admite que "o FMI diagnosticou mal o problema grego como um problema típico de balança de pagamentos-crise fiscal", uma vez quem, afirma, "a natureza incompleta da união monetária europeia não só esteve na origem da crise como deveria ter sido o elemento essencial da sua resolução".
LEIA AQUI NA ÍNTEGRA, EM INGLÊS E FRANCÊS, O DOCUMENTO DE DSK:
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O francês que dirigiu o fundo entre 2007 e 2011, altura em que foi preso no âmbito de um escândalo relacionado com agressões sexuais nos EUA, que depois não foi adiante na justiça, considera que, chegadas as negociações entre gregos e credores ao ponto em que estão, é preciso uma nova abordagem. Sob pena de a Europa cometer erros do passado.
"O perigo, agora, é que não tenhamos aprendido, coletivamente, as lições da experiência que nos trouxe a todos para este conflito. De facto, parecemos estar a repetir os mesmos erros e é por isso que acredito que é preciso pensar de maneira diferente, é preciso mudar a lógica, é preciso uma nova direção para dar novo enquadramento às negociações com a Grécia", escreveu DSK num documento que postou na sua conta de Twitter.
Entre outras coisas, o socialista sugere que a "a Grécia não deve receber mais financiamento da UE ou do FMI, mas sim uma generoso extensão das maturidades [dos seus empréstimos] e uma redução significativa da sua dívida nominal".