Secretário de Estado das Comunidades lamenta morte de português nas explosões no Sri Lanka
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas lamentou a morte de um cidadão português nas explosões ocorridas no Sri Lanka, avançando que estão a tentar contactar os portugueses que se encontram no país, embora não haja conhecimento de mais vítimas.
Em declarações à Lusa ao telefone, José Luis Carneiro, disse já ter falado com a esposa do português que faleceu hoje no Sri Lanka, a quem transmitiu uma mensagem de condolências e deixou os contactos para prestar "o apoio devido e indispensável nesta altura".
"Tivemos conhecimento [da existência destes portugueses] porque foi a sua família que contactou o gabinete de emergência consular", disse José Luis Carneiro, adiantando que o gabinete teve ainda o contacto de outros familiares dando conta de que tinha também lá uma família de quatro elementos, mas "felizmente esses encontram-se bem".
De acordo com o secretário de Estado das Comunidades, existem dez portugueses com residência inscrita na embaixada de Portugal em Nova Deli, e até agora os únicos contactos que o gabinete de emergência teve foi das duas famílias cujos familiares estavam em turismo na ilha.
"Para já não temos quaisquer informações que suscitem preocupação. O que ocorre nestes casos é o contacto das famílias com o gabinete de emergência consular. Estamos a fazer uma despistagem para procurar contactar as famílias que estão inscritas no serviço consular de Nova Deli", disse.
José Luis Carneiro frisou ainda que, "para já, não há indícios de outras vítimas portuguesas destes acontecimentos tão horríveis e lamentáveis".
O secretário de Estado das Comunidades acrescentou também que as autoridades portuguesas "vão continuar a acompanhar e a manter abertos os canais de comunicação diretos quer na Embaixada de Portugal em Nova Deli, quer da cônsul honorária no Sri Lanka". "Todos os serviços estão ativados", disse.
A capital do Sri Lanka, Colombo, foi alvo de pelo menos quatro explosões, em três hotéis de luxo - o Shangri-La Colombo, o Kingsbury Hotel e o Cinnamon Grand Colombo - e uma igreja. Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país. Muitos fiéis celebravam o Domingo da Ressurreição, o dia mais importante entre os rituais da Semana Santa.
As explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08:45 (03:15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais. Até agora, a autoria dos ataques ainda não foi reivindicada por nenhum grupo.
Horas depois das primeiras explosões - já ao início da manhã em Lisboa - registou-se uma sétima explosão num hotel em Dehiwala, arredores de Colombo, junto ao jardim zoológico, onde terão morrido pelo menos duas pessoas, de acordo com a AFP. Ainda segundo a agência de notícias francesa, pouco depois deu-se uma oitava explosão no distrito Dematagoda.