Solstício musical a vários tempos no Pavilhão do Conhecimento
O gongo soou à hora exata, sobrepôs-se ao murmúrio das vozes e, no meio do silêncio, o jovem pianista Duarte Pereira Martins fez a sua saudação ao solstício de verão - foi ontem, às 11.51. Nesse momento preciso a Terra, na sua dança planetária, atingia a maior inclinação em relação ao Sol, e no átrio do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, que desde a tarde de sexta-feira estava em celebração non stop com a iniciativa As 24 horas do Tempo, o solstício foi musical.
Durante os primeiros nove minutos do verão acabado de chegar, ouviu-se Bouquet, peça escrita há mais de um século pelo compositor português Ruy Coelho, feita de fragmentos alusivos às flores e ao tempo delas, com cravos e malmequeres musicais, e papoilas a lembrar tardes de verão.
"As celebrações são importantes e o solstício foi o pretexto para estas 24 horas de atividades, para darmos as boas vindas ao verão", afirmou ao DN Rosália Vargas, que preside à Agência Ciência Viva e ao Pavilhão do Conhecimento, organizadores da iniciativa, este ano na segunda edição.