Sobreviventes do massacre regressam à ilha de Utoya
Os primeiros autocarros começaram a chegar depois das 08:00 TMG (09:00 em Lisboa) ao cais, de onde embarcações do Ministério da Defesa transportaram cerca de mil pessoas, entre sobreviventes e acompanhantes, que aceitaram a proposta das autoridades norueguesas.
Os visitantes puderam ficar o tempo que quiseram e deixar flores ou velas em qualquer parte da ilha onde Anders Behring Breivik matou a tiro 69 pessoas, a maioria jovens do acampamento da Juventude Laborista (AUF).
A AUF organizou várias iniciativas para devolver a normalidade à ilha, que tem estado isolada pela polícia desde o dia do atentado e que foi aberta na sexta-feira e hoje para visita dos familiares e dos sobreviventes.
"Para muitos será um pequeno passo para poder recuperar Utoeya", disse hoje o director-geral da Saúde e Assuntos Sociais da Noruega, Bjorn-Inge Larsen.
Segundo Per Brekke, responsável do Departamento de Protecção Civil e Planificação de Emergências, muitos dos jovens levaram flores.
"Percorrem a ilha e visitam os lugares de que mais gostam e também os que trazem más recordações", disse.
O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, almoça no domingo com familiares das vítimas.
Breivik, de 32 anos e autor confesso dos ataques, fez explodir um carro bomba junto ao complexo governamental e dirigiu-se depois para a ilha, onde abriu fogo indiscriminadamente contra os jovens, a maioria entre os 14 e os 19 anos.