Sobe para 58 o número de casos de varíola-dos-macacos em Portugal

A DGS confirmou mais nove casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal e informou que "está a ser estudada a eventual necessidade de administrar a vacina a contactos de casos confirmados e a profissionais de saúde, no contexto deste surto".
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta quinta-feira que foram confirmados mais nove casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, havendo, até ao momento, um total de 58 casos.

Até agora, a maioria das infeções foram reportadas em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve, indica o comunicado da DGS.

"Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 23 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos", refere a nota, acrescentando que os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

A autoridade nacional de saúde, dirigida por Graça Freitas, diz que "os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis e em ambulatório".

Estão a decorrer "inquéritos epidemiológicos, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão, potenciais novos casos, respetivos contactos e ainda eventuais locais de exposição".

A DGS faz saber também que "Portugal está a encetar diligências no sentido de constituir uma reserva nacional de vacinas, através do mecanismo europeu".

No contexto deste surto, "está a ser estudada", através de especialistas da Comissão Técnica de Vacinação da DGS, "a eventual necessidade de administrar a vacina a contactos de casos confirmados e a profissionais de saúde".

A Direção-Geral da Saúde volta a recordar que as pessoas que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, "devem procurar aconselhamento clínico".

"Ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas", indica.

Perante sintomas, a DGS declara que devem ser reforçadas medidas de prevenção, "devendo os doentes abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas".

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) informou que o número de casos confirmados de varíola-dos-macacos no mundo ultrapassou os 200.

Até quarta-feira (25 de maio) tinham sido reportadas 219 infeções em todo o mundo, sendo que a maioria foi registada na Europa, indicou a agência da UE.

"Esta é a primeira vez que são relatadas cadeias de transmissão na Europa sem ligações epidemiológicas conhecidas com a África Ocidental ou Central, onde esta doença é endémica", refere a nota da ECDC.

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