Só 1% do maior recife de coral escapou à morte

Um responsável do ministério do ambiente japonês disse que o fenómeno implica perda de biodiversidade e consequências graves para o ecossistema da região
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Apenas um por cento do maior recife de coral do Japão está intacto e escapou à morte provocada pelo aumento da temperatura do mar, revelou hoje o governo japonês.

Num relatório lançado hoje, conta-se por 1,4 % o total da superfície de 67,8 quilómetros quadrados perto da ilha de Okinawa que está saudável, apesar de episódios de branqueamento.

O branqueamento dos corais é provocado pelo aquecimento da água do mar, que provoca a expulsão pelos pólipos de coral (os organismos que constroem as estruturas calcárias características dos recifes tropicais) de algas simbióticas, denominadas 'Zooxanthellae', que lhes dão cor e proporcionam alimento. Temperaturas demasiado elevadas da água durante períodos prolongados acabam por provocar a morte dos pólipos de coral e a destruição dos recifes.

Pela primeira vez desde 2008 foram analisadas imagens de satélite recolhidas em cerca de mil pontos de observação.

Os recifes de coral, que cobrem menos de 0,2 % dos leitos marinhos, acolhem 30% das espécies vegetais e animais marinhas, protegendo-as dos predadores e fornecendo-lhes alimento.

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