Situação dos direitos humanos na Rússia é muito problemática

A situação dos direitos humanos continua a ser "muito problemática" na Rússia, na véspera dos Jogos Olímpicos de inverno, que começam em fevereiro, em Sochi, declarou hoje a ONG Human Rights Watch (HRW).
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A organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Washington, denunciou "as violências homofóbicas". "Os casos Khodorkovski e Pussy Riot já não assombram os Jogos Olímpicos de Sotchi, mas a situação em matéria de direitos humanos continua a ser muito problemática", sublinhou Tatiana Lokchina da antena moscovita da HRW, no relatório anual da ONG.

A adoção de uma lei que penaliza "a propaganda homossexual perante menores foi seguida de um discurso homofóbico nos 'media' pró-governamentais e de uma escalada da violência homofóbica", acrescentou.

Condenado a 14 anos de prisão por vários crimes económicos, o ex-magnata do petróleo e crítico do regime russo Mikhail Khodorkovski foi libertado a 20 de dezembro, depois de uma amnistia.

O empresário, considerado por defensores dos direitos humanos de todo o mundo como o preso político mais importante da Rússia, passou os últimos dez anos na cadeia. Khodorkovski devia ser libertado em agosto próximo.

A 23 de dezembro, a mesma amnistia devolveu a liberdade a duas mulheres que integravam a banda 'punk' Pussy Riot. As duas cumpriam uma pena de prisão de dois anos por terem cantado uma 'oração' contra o Presidente Vladimir Putin numa catedral ortodoxa de Moscovo, em fevereiro de 2012.

Uma terceira integrante da banda, Ekaterina Samuttzevitch, foi igualmente detida e condenada, mas saiu em liberdade condicional em outubro de 2012.

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