Sindicato exige apuramento de responsabilidades
A estrutura sindical quer igualmente um inquérito rigoroso ao acidente ocorrido também na terça-feira no estaleiro de uma obra no Laranjeiro, Almada, onde dois trabalhadores sofreram ferimentos graves provocados pela queda de uma plataforma onde se encontravam a trabalhar.
Em declarações à agência Lusa, Nuno Gonçalves, da direção do sindicato e coordenador da zona de Setúbal, escusou-se a apontar qualquer falha de segurança nos dois acidentes antes de serem feitos "inquéritos exigentes", mas sublinhou que "não há causas naturais para acidentes de trabalho".
O sindicato lembra ainda o acidente registado a 26 de janeiro na Barragem de Foz Tua, Carrazeda de Ansiães, Bragança, onde três trabalhadores perderam a vida, e destaca a urgência de "perceber o que se passa na construção civil".
"Num setor fortemente marcado por dificuldades de tesouraria de muitas empresas, estará a segurança dos trabalhadores a ser remetida para segundo plano", questiona a estrutura sindical.
O Sindicato da Construção do Sul questiona ainda "qual o papel da Autoridade para as Condições de Trabalho na prevenção e fiscalização em obra, num quadro de redução de competências e meios impostos pelo atual Governo PSD/CDS-PP.
"A comprovar-se a falta de proteção e segurança, trata-se de um crime que merece punição adequada", conclui o sindicato.