Siemens moveu 500 ME de banco francês para o BCE

A Siemens, multinacional alemã do sector industrial, levantou mais de 500 milhões de euros de um grande banco francês, que depositou no Banco Central Europeu, diz hoje o jornal Financial Times, numa notícia que a empresa rejeitou como especulação.
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O levantamento das verbas foi feito há cerca de duas semanas, em parte devido a preocupações da Siemens quanto à futura saúde financeira da grande instituição bancária e em parte para beneficiar da taxa de juro superior que o Banco Central Europeu (BCE) oferece, refere o jornal, citando uma fonte anónima.

Citando a mesma fonte, o Financial Times afirma que a Siemens - uma das poucas empresas com licença bancária que lhe permite depositar verbas no BCE - já colocou no banco central entre quatro e seis mil milhões de euros, na maioria em depósitos de uma semana.

A imprensa económica francesa e britânica, que cita fontes com base em Paris, afirma que o banco de onde a Siemens retirou o dinheiro foi a Société Générale, mas que a razão do movimento não foi a preocupação com a saúde financeira desta instituição, mas sim para aproveitar o rendimento mais elevado que o BCE propõe.

Em declarações à agencia de notícias France Presse, um porta-voz da Siemens considerou que a notícia do Financial Times não passa de especulação.

"Não vamos comentar, porque achamos que a notícia é uma especulação sem fontes", disse o porta-voz.

Na semana passada, o BCE tem pagou em média um juro de 1,01 por cento pelos depósitos de uma semana, que o banco utiliza para retirar do sistema monetário e financeiro a liquidez que injecta ao comprar dívida pública dos países da zona euro, para ajudar a moeda única a enfrentar a crise actual.

No mercado interbancário, os bancos da zona euro pagam, em média, 0,95 por cento de juros pelos empréstimos 'overnight', cuja taxa vigora por 24 horas.

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