"Lista negra" tem quase 18.000 suspeitos de radicalismo

Diretor dos Serviços Secretos Internos de França diz que risco existente naquele país é sobretudo por parte dos extremistas internos
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O diretor dos Serviços Secretos Internos de França admitiu hoje numa entrevista que o número de franceses suspeitos de radicalismo islâmico no país aumentou significativamente no último ano, atingindo quase 18.000 pessoas.

Laurent Nunez, diretor da agência DGSI, avisou, por outro lado, que a retirada do grupo Estado Islâmico (EI) do Médio Oriente, com as recorrentes derrotas militares no terreno, "não enfraquece o nível de ameaça" nem diminui a capacidade dos extremistas para realizarem ataques violentos em França e no Ocidente.

"O desejo do grupo EI e da Al Qaida de realizarem ataques continua de pé", embora o risco existente em França surja por parte dos extremistas internos, mais do que dos que vêm das zonas de guerra", sublinhou Nunez, numa entrevista à estação de rádio RTL

Segundo Nunez, dos cerca de 18.000 suspeitos em França, quase 4.000 estão sob vigilância mais ativa.

Esta segunda-feira assinalaram-se dois anos sobre os ataques de Paris, em que morreram 130 pessoas. Foi o pior ataque em solo francês desde a segunda Guerra Mundial e ainda estão detidos 13 suspeitos, cinco na Bélgica, um na Turquia e seis em França, incluindo Salah Abdeslam.

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