Séries europeias ganham fôlego, realities arrefecem

Ficção <i>made in </i>Europa foi a grande surpresa da feira de conteúdos audiovisuais que terminou ontem. Reality shows deixaram a desejar, mas ainda houve espaço para surpresas
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Vender a alma, lutar com uma mosca, aprender pole dance e fugir de uma matilha são algumas das propostas apresentadas no Mipcom, feira de conteúdos audiovisuais realizada em Cannes e que terminou ontem. A estes formatos de entretenimento juntaram-se ainda os de ficção, com especial destaque para os dramas europeus.

Longe vai o tempo em que a televisão era apelidada de parente pobre do cinema. A idade de ouro da televisão nos EUA, alavancada por séries como Breaking Bad, Mad Men e Guerra dos Tronos, por exemplo, trouxe para o pequeno ecrã várias estrelas de Hollywood. Agora, a tendência virou-se para o continente europeu. De acordo com o The Hollywood Reporter, as séries made in Europa "eclipsaram" as norte-americanas na feira de conteúdos audiovisuais.

O canal Sky Itália anunciou a produção de dez episódios da série 1992, thriller político que se desenrola nos bastidores da operação Mãos Limpas, escândalo que levou à queda da I República Italiana. Para 2015 e 2016 existem três outras fortes apostas de séries com o cunho europeu.

Do Reino Unido chega o formato Gogglebox, que é um programa sobre pessoas a verem... televisão. Farah Ramzan Golant,diretora da All3Media, esclareceu ao The Sydney Morning Herald: "Todas as pessoas gostam de ver e de falar sobre televisão. Este programa não é sobre televisão. É sobre a vida das pessoas, as relações que mantêm umas com as outras quando estão na sala de estar e as conversas entre pais e filhos quando estão a ver televisão."

Ainda mais bizarro é o programa Man vs.Fly, também britânico, no qual os concorrentes permanecem três minutos fechados numa sala de vidro a tentarem livrar-se de uma incómoda mosca.

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