Sérgio Conceição: "Confio no Lito Vidigal para não envergonhar o futebol português"

O treinador do FC Porto foi questionado sobre o anti-jogo do Marítimo no último jogo com o Tondela e deixou um recado ao técnico dos madeirenses.
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Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, abordou esta sexta-feira a receção ao Marítimo, marcado para este sábado às 18.30 horas, a contar para a 3.ª jornada da I Liga, com um aviso ao treinador adversário Lito Vidigal, acusado de anti-jogo na partida do passado fim de semana com o Tondela. "Confio na sua inteligência para não fazer algo que envergonhe o futebol português", disse.

O técnico portista lembrou que conhece Lito Vidigal "há alguns anos". "Para lá da inteligência que ele tem, em termos táticos também a tem e saberá fazer o melhor. Confio na sua inteligência para não fazer algo que envergonhe o futebol português", justificou, lembrando que a Liga portuguesa é das que tem "menos tempo útil de jogo".

"Isso é um problema que merecia outro tipo de discussão. Poderão haver vários motivos, mas o que espero é haja coragem dos árbitros para dar 15 ou 20 minutos a mais no final do jogo. Há situações que não podemos passar por cima delas. Poderá haver um jogador no chão e não podemos deixar a equipa médica entrar. O árbitro é que tem de perceber", sublinhou, deixando ainda um pedido: "Não quero amarelos aos adversários ao minuto 90. Não vale a pena. Neste momento, quero acabar este tema como comecei. Pelo que conheço do Lito, nunca necessitou de anti-jogo para ser competitivo."

Nesse sentido, Sérgio Conceição considera que o FC Porto terá de "saber sofrer, ter paciência e inteligência" para levar de vencido o Marítimo. "Vamos ter momentos em que coletivamente teremos de ser fortes. Acredito que muito do que queremos para o jogo depende da paciência e precisamos de inteligência para avaliar pontos fracos e fortes do adversário", justificou.

O técnico portista admite que o Marítimo "tem alterado a sua linha defensiva entre quatro e cinco jogadores", como tal a sua equipa tem de "trabalhar para que as características do adversário não serem um problema". "O ano passado dizia-se que o FC Porto tinha mais dificuldades com equipas de bloco baixo, médio-baixo. Não concordo com isso. Todas as equipas do mundo que jogam contra equipas com bloco baixo, terão mais dificuldade. Nós é que temos de encontrar soluções para encontrar espaços", atirou.

Certo é que para este jogo o guarda-redes Marchesín não deverá ser dado como apto. "Acho difícil a sua recuperação. Hoje não treinou, trabalhou no ginásio. Vamos ver, mas será difícil", disse.

Questionado sobre o sorteio da Liga dos Campeões, que colocou o FC Porto no mesmo grupo de Manchester City, Olympiacos e Marselha, Sérgio Conceição considerou ser "um grupo extremamente equilibrado". "O City parece-me, pelo seu orçamento, pelo que tem sido nos últimos tempos, o favorito. O FC Porto é dos três o que tem mais presenças na Champions e tem sempre uma palavra a dizer. Temos o campeão grego e o Marselha tem um treinador português", limitou-se a dizer.

Sobre a presença de público nosm próximos dois jogos da seleção, com a Espanha e a Suécia, em Alvalade, o treinador do FC Porto, argumentou que "timing e percentagem de público" não lhe compete comentar. "Posso estranhar em alguns países e jogos internacionais ser permitido um número e aqui outro. Acho que é um tema delicado e difícil para toda a gente", concluiu.

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