Será que 'The Witcher' vai ter o mesmo sucesso que a Guerra dos Tronos?

Estreia hoje na Netflix a série que a plataforma espera ser a sua galinha dos ovos de ouro:<em> The Witcher</em>. Para assinalar o lançamento, os fãs da saga literária poderão viver a experiência "The Witcher Bar" na Rua Cor-de-Rosa, em Lisboa.
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Grande, espetacular, épico. Parece ser por estes termos que passa o presente e o futuro das séries. Ou melhor dizendo, das séries que se propõem funcionar como chamariz para vastas audiências globais, forjando fórmulas seguras de escapismo em massa. Foi essa a linha mestra de A Guerra dos Tronos (HBO), a partir dos livros de George R. R. Martin, será esse o escopo de The Witcher, que chega hoje à plataforma de streaming Netflix, depois do videojogo inspirado na saga literária do polaco Andrzej Sapkowski, publicada nos anos 1990. A base de fãs, pelo menos, já está constituída.

A referência de A Guerra dos Tronos não é aleatória. De facto, a nova aposta da produtora de O Irlandês de Scorsese afia as facas para se tornar no entretenimento de topo à semelhança da saga de maior sucesso da HBO - um marco que nem a própria conseguiu equiparar com a recente série His Dark Materials, mais uma grande produção, desta vez adaptada da trilogia homónima de Philip Pullman. Com um orçamento de 80 milhões de dólares só para a primeira temporada, custando cada episódio 10 milhões, The Witcher está claramente a procurar a envergadura de Game of Thrones, já que foi esse exato valor que a HBO gastou com cada capítulo da sexta e sétima temporadas.

Não há dúvidas: as sagas de literatura fantástica tornaram-se material fértil para o ecrã, seja ele grande ou pequeno. Isto, já o sabia Peter Jackson quando resgatou o imaginário de J.R.R Tolkien para realizar o primeiro filme da trilogia O Senhor dos Anéis, em 2001. Resta saber se a fantasia negra The Witcher terá pedalada para os prémios como teve o seu simbólico rival... Por agora, o que se pode observar são as linhas com que se cose esta megaprodução.

Para começar, a escolha de Henry Cavill para protagonista, o ator que ganhou popularidade como o mais recente Super-Homem, é uma evidente piscadela de olho ao seu estatuto de super-herói (juntando-se a isso o facto de o próprio ser um fã dos livros e do videojogo). De resto, convenhamos que dá mesmo jeito ter a postura e os músculos trabalhados, já que Geralt de Rivia, o bruxo que encabeça a narrativa da série, fala mais pela atitude corporal do que por palavras... Segundo se diz, não tem sentimentos. Acompanhado da sua égua, ele ganha a vida a matar monstros. É uma lenda por onde quer que passe, mas pouco se sabe da sua história pessoal. Um bardo que se atravessa no seu caminho diz que ele cheira "a morte e destino. Heroicidades e desgosto". Será por aí que a coisa vai seguir.

No entanto, Geralt não está isolado nesta paisagem ficcional, que se chama Continente. Duas personagens femininas - Ciri (Freya Allan), bela e descendente da realeza, e Yennefer (Anya Chalotra), desfigurada e de origens humildes - vão desenvolvendo, separadamente, linhas de destino que parecem ir ao encontro de Geralt. E tudo o que se possa imaginar do universo e terminologia mágicos tem manifestação em cada episódio, desde portais a maldições, passando por diabos e elfos. Até a distinção entre bruxos, feiticeiras e magos se faz com detalhe. Já a elevar o sentido épico que sustenta a megaprodução, temos a guerra, o romance e o caos, a ligarem-se de maneira progressiva, com umas notas de música celta a completar o arranjo.

The Witcher Bar

Para comemorar o lançamento de The Witcher, a Netflix vai proporcionar aos fãs da saga de culto de Sapkowski uma experiência completa. Chama-se The Witcher Bar e ficará localizado no número 48 da Rua Nova do Carvalho, mais conhecida como Rua Cor-de-Rosa do Cais do Sodré, em Lisboa. Como o nome sugere, o objetivo é transportar o público para o interior do imaginário da série, com uma simulação de ambiente que inclui trajes a rigor, jogos de mesa, truques de magia, leituras de contos e uma trupe de atores a garantir o máximo realismo de toda a brincadeira.

O espaço estará aberto entre os dias 21 de dezembro e 2 de janeiro, das 20.00 às 2.00, com exceção da véspera de Natal (das 15.00 às 18.00 e das 00.30 às 2.00) e do dia de ano novo (das 16.00 às 20.00). Caso para dizer que está tudo a postos para fazer valer a magia do bruxo Geralt de Rivia, e das magas Ciri e Yennefer. Aos fãs, pelos vistos, não falta nada.

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