Joseph Blatter e Michel Platini absolvidos no julgamento da FIFA

Seep Blatter e Michel Platini, que já foram chefes do futebol mundial e europeu, foram absolvidos na sexta-feira por uma suspeita de pagamento fraudulento que chocou o desporto.
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O Tribunal Criminal Federal da Suíça, na cidade de Bellinzona, rejeitou esta sexta-feira o pedido da procuradoria para aplicar uma pena de prisão suspensa de um ano e oito meses a Joseph Blatter e Michel Platini, respetivamente ex-presidentes da FIFA e da UEFA, após uma grande investigação que começou em 2015 e durou seis anos.

Blatter, de 86 anos, e Platini, de 67, foram julgados por alegadamente terem "obtido ilegalmente, em detrimento da FIFA, um pagamento de dois milhões de francos suíços" (1,8 milhão de euros) a favor de Michel Platini".

Blatter insistiu perante o tribunal que ambos tinham um "acordo" verbal, com parte da remuneração de Platini a ser paga posteriormente, quando as frágeis finanças da FIFA o permitissem.

Ambos foram acusados de fraude e falsificação de documentos. Blatter foi acusado de apropriação indevida e de má gestão enquanto Platini foi acusado de participar nesses crimes.

Blatter e Platini garantiram estar inocentes durante todo o julgamento que decorreu entre 8 e 22 de junho.

A acusação foi apresentada pelo Gabinete do Procurador-Geral da Suíça, porque tanto a FIFA como a UEFA estão sediadas na Suíça, em Zurique e Nyon, respetivamente.

Platini e Blatter foram afastados no exato momento em que o antigo futebolista e ex-presidente da UEFA parecia estar na posição ideal para suceder a Blatter no comando da FIFA, entidade máxima do futebol mundial.

Os dois aliados tornaram-se rivais quando Platini ficou impaciente para assumir o cargo, no momento em que Blatter foi rapidamente afastado devido a um escândalo de corrupção da FIFA em 2015, que foi investigado pelo FBI.

Joseph Blatter entrou na FIFA em 1975, tornou-se secretário-geral em 1981 e presidente do órgão que governa o futebol mundial em 1998.

Blatter foi forçado a renunciar em 2015 e foi expulso pela FIFA por oito anos, depois reduzido para seis, por violação de ética por autorizar o pagamento a Platini, supostamente feito para seu próprio interesse e não no da FIFA.

Platini é considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos do futebol mundial. Ganhou a Bola de Ouro, o prémio individual de maior prestígio, em três ocasiões: 1983, 1984 e 1985.

Platini foi presidente da UEFA de janeiro de 2007 a dezembro de 2015.

Apelou contra a sua suspensão inicial de oito anos no Tribunal Arbitral do Desporto, que a reduziu para quatro anos.

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