Seguro garante que não apanhou nenhum susto
Entrevistado no programa "Negócios da Semana", na Sic Notícias, o secretário-geral do PS negou que tivesse apanhado um susto perante a hipótese de o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, se candidatar à liderança do seu partido.
"Absolutamente nenhum", respondeu, considerando, depois, que António Costa, além de "um político experiente, é um dos principais dirigentes do PS, é um excelente presidente da Câmara de Lisboa e, portanto, tem todo o direito a ter as suas opiniões pessoais e a dar os seus contributos".
Neste contexto, António José Seguro desdramatizou a situação interna no seu partido e disse que a Comissão Política do PS, na terça-feira, "teve um desfecho bastante positivo, em que os principais protagonistas deram contributos positivos para a vida do partido e do país".
"Essa é a minha responsabilidade. Um líder deve unir, deve somar e aqui estou para isso", declarou.
Interrogado se saiu vencedor da reunião da Comissão Política do PS, Seguro respondeu: "Quando o PS sai de um clima de união como o de terça-feira não há vencedores nem vencidos", disse.
Questionado sobre divergências de posições entre os socialistas, o secretário-geral do PS afirmou que não pretende liderar "um partido unanimista".
"A união não se constrói na unicidade mas na pluralidade. Quero um partido plural no debate e unido na ação", referiu.
Numa entrevista que incidiu sobretudo em temas económicos, o líder socialista defendeu ter conhecimento real da vida empresarial, rejeitou ser "um político de gabinetes ou de corredores" - ponto em que também recusou em absoluto ser um político populista.
"Sou um político responsável, que fala do rigor e que às vezes sou acusado de fazer poucas promessas", disse.
Na parte final da entrevista, Seguro foi questionado se arrisca dizer que será chefe de Governo mas só não sabe é quando.
"Arrisco dizer isso, é para isso que trabalho e é para isso que faço tudo para merecer a confiança dos portugueses", respondeu.
Depois, interrogado se vai provocar o momento para chegar à chefia do Governo, Seguro afastou essa via, alegando: "Não posso provocar nenhum momento, porque há uma maioria absoluta no Parlamento e tudo depende, quer dos partidos que fazem parte do Governo, quer do senhor Presidente da República", salientou.